domingo, 24 de julho de 2011

A Culinária Árabe



A culinária ocidental não seria o que é hoje sem a participação dos árabes. Eles ensinaram aos europeus o cultivo de novas frutas, grãos e verduras. Enriqueceram e sofisticaram sua cozinha com especiarias e manjares exóticos.

Quem aprecia a cozinha árabe sabe que ela vai muito além dos quibes assados, fritos e crus e das famosas esfihas, tão populares nas cadeias de fast-food. Trazida ao Brasil, sobretudo pelos imigrantes sírios e libaneses, trata-se de uma combinação de simplicidade e sabor. A simplicidade aparece principalmente na execução dos pratos. Já o sabor é acentuado na mistura dos ingredientes e dos perfumes das especiarias.

No Brasil, os primeiros imigrantes árabes chegaram no século XIX. Vinham da Síria e do Líbano. Sua integração foi facilitada pela existência de certa identidade cultural: o Brasil havia guardado da colonização portuguesa traços familiares aos árabes. Ao contrário do que muitos acham, a comida árabe não é trabalhosa.

Em sua essência, a cozinha árabe combina muitos grãos, cereais, frutas secas, verduras e carnes, principalmente de cordeiro. Na mesa também estão presentes muitas pastas, como as de berinjela e de grão-de-bico. Outra característica é o fato das refeições não seguirem necessariamente o roteiro convencional, entrada, prato principal e acompanhamento. Os diversos pratos são servidos ao mesmo tempo, de preferência com muita fartura. Dessa forma, selecionado por seu gosto particular, cada pessoa faz as combinações e as escolhas. Para encerrar a alimentação, os brasileiros dividem com os árabes um costume: o cafezinho, para eles feito bem adocicado.

Entre os pratos mais requisitados estão as tradicionais saladas como o tabule, elaborada com a combinação de tomate, salsinha, pepino, hortelã e cebola misturados aos grãos de trigo, e o fatuche, feito com vegetais picados em cubos e até opções de pratos leves e muito consumidos no calor, como o quibe assado, grelhado ou cru, e filé de frango ou kafta.

O doce manjar libanês é uma deliciosa receita feita com damasco.
Entre os ingredientes usados na gastronomia árabe, encontram-se os grão, como os de bico, feijão branco, lentilha, ervilha seca e trigo moído e fino, as nozes, usadas tanto nos doces como em pratos salgados, conservas, sem contar a grande utilização de legumes frescos. Além de muito saboroso e nutritivo, os alimentos preparados de acordo com a cultura árabe são próprios para dias de festa, uma vez que as receitas foram pensadas exatamente para aconchegar convidados.

Os pratos têm uma variedade enorme de sabores e podem se adaptar a diversas ocasiões. O cordeiro com gengibre, por exemplo, é um prato para ocasiões em que se recebem várias pessoas. Já a leveza e a praticidade são a marca do sanduíche no pão sírio e de uma das saladas mais populares dessa gastronomia, o tabule, que mistura tomate, cebola e pepino com o toque charmoso do trigo. Uma das principais características é realmente a fartura. Os árabes gostam de receber bem, com mesas cheias de comida, e esperam que as pessoas comam bastante.

Reconhecida pelo seu trabalho na difusão da comida árabe, o CPT – Centro de Produções Técnicas, convidou a professora e culinarista Maria Halfa Chequer Andrade, para elaborar o curso Cozinha Árabe. Nele o aluno aprenderá a preparar as ervas e condimentos usados nessa gastronomia, como também os pratos frios, as coalhadas, os pratos quentes, esfihas, quibes, carnes, peixes, aves, arroz, doces e outros diversos pratos.

Após fazer o curso e ser aprovado na avaliação, o aluno recebe um certificado de conclusão emitido pela UOV – Universidade On-line de Viçosa, filiada mantenedora da ABED – Associação Brasileira de Educação a Distância.

Com vinho, a comida árabe é uma delícia. Com cerveja vai muito bem. Qualquer bebida boa se torna um bom acompanhamento dos deliciosos pratos de origem árabe.

Por: Ariádine Morgan

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