segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Trump sugere que clubes demitam atletas por protesto contra racismo

Dirigente acredita que atitude dos jogadores é um desrespeito ao país

Donald Trump fez discurso em Huntsville, Alabama - Brynn Anderson / AP

Os mais novos alvos da metralhadora do presidente dos Estados Unidos são os jogadores de futebol americano. Em um evento na noite de sexta-feira, Donald Trump sugeriu que os donos das franquias da NFL demitam os atletas que se recusem a ficar de pé para a execução do hino nacional antes das partidas.

Desde a temporada passada, o momento tem sido plataforma de uma campanha de consciência social. O precursor do movimento foi o ex-quarterback do San Francisco 49ers Colin Kaepernick. Para protestar contra a injustiça racial e a brutalidade da polícia americana contra cidadãos negros, o jogador se ajoelhou na hora da execução do hino. Vários atletas repetiram a atitude em outras partidas da liga de futebol americano.


— Você não amaria ver um dos donos de time na NFL, quando alguém desrespeita a nossa bandeira, dizer: 'Tira esse filho da mãe do campo agora. Fora. Ele está demitido'? — provocou o presidente dos EUA em um evento no Alabama: — Ele não sabe ainda, mas o dono que fizer isso será a pessoa mais popular no nosso país.

Não foi a única crítica de Trump à liga. No discurso, o presidente americano disse que os números de audiência da NFL têm caído por causa das mudanças que visam tornar o esporte menos violento. Ao jornal "The Guardian", Roger Goodell, representante da NFL, respondeu às palavras do governante.

"O melhor que a NFL e nossos jogadores fazem é ajudar a criar um senso de unidade no nosso país e na nossa cultura. Comentários segregadores como esses demonstram uma infeliz falta de respeito com a liga, o esporte e todos os nossos jogadores e a incapacidade de entender a força de nossos clubes e atletas nas nossas comunidades", declarou.

Eli Harold, Colin Kaepernick e Eric Reid protestam - USA Today Sports / USA Today Sports


Via O Globo

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