Na quinta-feira (29) dessa semana, entidades do movimento negro e ativistas sociais se reuniram, em Salvador, para caminhar pela igualdade. O movimento tinha como objetivo simbolizar os 212 anos da Revolta dos Búzios na Bahia e contou com a participação de grupos como Olodum, Malê Debalê, Os Negões, Muzenza, Cortejo Afro, Okambi, o Afoxé Filhos do Congo, Ilê Aiyê, Unegro, Coletivo de Entidades Negras (CEN) Movimento Negro Unificado (MNU), a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), o Instituto Pedra de Raio, dentre outros.
O público se concentrou no Campo Grande, na tarde de ontem. A Caminhada foi aberta por religiosos da matriz africana e contou com a presença, além de entidades da militância do movimento negro, de representantes políticos que realizaram apresentações artísticas com o intuito de reivindicar igualdade de direitos. Outro tema destacado no manifesto diz respeito ao fim das desigualdades decorrentes dos 300 anos de escravidão no Brasil.
Segundo os organizadores da atividade a Revolta dos Búzios, que aconteceu em 1798, é fonte de inspiração da luta negra atual. “Apesar de ser uma história passada e vivida na Bahia, ela é assunto nacional. A Revolta dos Búzios é a base dos direitos humanos no Brasil. Foi a primeira vez que se escreveu um documento que se falava de oportunidades iguais no país”, explica o presidente do Bloco Afro Olodum, João Jorge Santos Rodrigues.
Baseado no texto de Correio Nagô
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