sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Caminhada pela Igualdade reúne artistas e religiosos em Salvador



Na quinta-feira (29) dessa semana, entidades do movimento negro e ativistas sociais se reuniram, em Salvador, para caminhar pela igualdade. O movimento tinha como objetivo simbolizar os 212 anos da Revolta dos Búzios na Bahia e contou com a participação de grupos como Olodum, Malê Debalê, Os Negões, Muzenza, Cortejo Afro, Okambi, o Afoxé Filhos do Congo, Ilê Aiyê, Unegro, Coletivo de Entidades Negras (CEN) Movimento Negro Unificado (MNU), a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), o Instituto Pedra de Raio, dentre outros.

O público se concentrou no Campo Grande, na tarde de ontem.  A Caminhada foi aberta por religiosos da matriz africana e contou com a presença, além de entidades da militância do movimento negro, de representantes políticos que realizaram apresentações artísticas com o intuito de reivindicar igualdade de direitos. Outro tema destacado no manifesto diz respeito ao fim das desigualdades decorrentes dos 300 anos de escravidão no Brasil.

As principais bandeiras da caminhada são: liberdade religiosa, cultura de paz, financiamento público e privado da cultura afro-brasileira, implementação, na educação, das leis 10.639 e 11.645 que inclui o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena nos currículos escolares. Outros pontos levantados foram: ações afirmativas na saúde, saneamento básico, emprego e renda, moradia e educação.

Segundo os organizadores da atividade a Revolta dos Búzios, que aconteceu em 1798, é fonte de inspiração da luta negra atual. “Apesar de ser uma história passada e vivida na Bahia, ela é assunto nacional. A Revolta dos Búzios é a base dos direitos humanos no Brasil. Foi a primeira vez que se escreveu um documento que se falava de oportunidades iguais no país”, explica o presidente do Bloco Afro Olodum, João Jorge Santos Rodrigues.

Baseado no texto de Correio Nagô 

Nenhum comentário:

AS MAIS ACESSADAS

Da onde estão acessando a Maria Preta