Na noite do dia 31/01/2011 o Multiplex tinha mais cor. Negra. Era a exibição do video-documentário da quituteira baiana Alaíde do Feijão, famosa por fazer suas feijoadas na Cidade Baixa e encantar a todos com seu tempero baiano.
Uma iniciativa do publicitário João Silva e seus parceiros no Instituto Maria Preta, com a produção da Fundo de Quintal, João convidou amigos e familiares de Alaíde para mostrar sua produção em homenagem a esta baiana guerreira, que cumprindo uma previsão dos orixás vive dos "grãos da terra".
A tradição de vender feijoada, Alaíde herdou da mãe, que vendia a feijoada na Cidade Baixa, na porta do Elevador Lacerda. "Quando eu era pequena eu ajudava minha mãe a vender feijoada, aí fui apredendo, ela não queria que eu vendesse feijoada não, queria que eu fosse professora, mas uma yalorixá disse a ela que um dia eu ainda iria sobreviver daqueles grãos" diz ela.
O vídeo foi rodado em diversos locais, mas principalmente na casa de Alaíde, na Feira de Sete Portas e no Pelourinho, local onde funciona também o seu restaurante, Alaíde do Feijão onde a cerca de 6 anos acontece a Quitanda do Saber, que este ano chega a sua 9ª edição.
A Quitanda do Saber reúne amigos da quituteira baiana e visitantes para degustar uma saborosa feijoada de ao som do Ilê Ayiê e outros grupos convidados.
Personalidades como Vôvo do Ilê Ayiê, o cantor Tonho Matéria, o cineasta Lázaro Faria e diretor de fotografia Xeno Veloso, foram prestigiar a noite, que praticamente lotou a sala do Multiplex Iguatemi, destinada à exibição. Para a apresentação do vídeo, Concita Pinto coordenadora do Portal Instituto Maria Preta fez agradecimentos aos parceiros, e apoiadores do projeto, dentre eles a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, IRDEB e TVE.
Após a apresenatação ao público do vídeo Alaíde do Feijão, foi servido na área externa no Multiplex um caldo de feijão, com o toque de Alaíde, para os convidados que fizeram fila para degustar um pouquinho do que também se pode encontrar no restaurante dela no Pelourinho.
Alaíde é um exemplo de mulher guerreira, que enfrenta as batalhas da vida com o vigor e o sorriso largo de quem faz o que gosta " essa noite representa pra mim um resgate, pois nossos ancestrais não tiveram muitas oportunidades de fazer registros de sua cultura, esse vídeo é um documento. E um documento desse nível sobre o meu trabalho tem valor de educação também, além de atrair mais turistas para a Bahia". diz a baiana trajada de branco e com vários colares azuis e marrons representando sua fé nos orixás do Candomblé.
Também estava presente no evento o Secretário de Reparação Ailton Ferreira que disse que o evento tinha singular importância " Um vídeo com esta temática, coloca a mulher negra no seu lugar devido, ocupando os espaços que antes lhes era negado. Alaíde é um símbolo, porque ela transforma o avental e a colher de pau em instrumentos de poder, o feijão deixa de ser nossa comida diária, e se transformam em instrumentos de transformação. Eu enquanto secretário de Reparação, quando recebo alguma personalidade, ao invés de levar pra orla da Barra, eu levo em Alaíde".
A noite terminou com a certeza de que cada vez mais, os espaços culturais e sociais estarão sendo abertos e democratizados.
Fonte: http://peloviesdajanela.blogspot.com/
Alaíde e o publicitário/diretor João Silva. (Foto: Alberto Lima) |
Uma iniciativa do publicitário João Silva e seus parceiros no Instituto Maria Preta, com a produção da Fundo de Quintal, João convidou amigos e familiares de Alaíde para mostrar sua produção em homenagem a esta baiana guerreira, que cumprindo uma previsão dos orixás vive dos "grãos da terra".
A tradição de vender feijoada, Alaíde herdou da mãe, que vendia a feijoada na Cidade Baixa, na porta do Elevador Lacerda. "Quando eu era pequena eu ajudava minha mãe a vender feijoada, aí fui apredendo, ela não queria que eu vendesse feijoada não, queria que eu fosse professora, mas uma yalorixá disse a ela que um dia eu ainda iria sobreviver daqueles grãos" diz ela.
O vídeo foi rodado em diversos locais, mas principalmente na casa de Alaíde, na Feira de Sete Portas e no Pelourinho, local onde funciona também o seu restaurante, Alaíde do Feijão onde a cerca de 6 anos acontece a Quitanda do Saber, que este ano chega a sua 9ª edição.
A Quitanda do Saber reúne amigos da quituteira baiana e visitantes para degustar uma saborosa feijoada de ao som do Ilê Ayiê e outros grupos convidados.
Personalidades como Vôvo do Ilê Ayiê, o cantor Tonho Matéria, o cineasta Lázaro Faria e diretor de fotografia Xeno Veloso, foram prestigiar a noite, que praticamente lotou a sala do Multiplex Iguatemi, destinada à exibição. Para a apresentação do vídeo, Concita Pinto coordenadora do Portal Instituto Maria Preta fez agradecimentos aos parceiros, e apoiadores do projeto, dentre eles a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, IRDEB e TVE.
Após a apresenatação ao público do vídeo Alaíde do Feijão, foi servido na área externa no Multiplex um caldo de feijão, com o toque de Alaíde, para os convidados que fizeram fila para degustar um pouquinho do que também se pode encontrar no restaurante dela no Pelourinho.
Alaíde é um exemplo de mulher guerreira, que enfrenta as batalhas da vida com o vigor e o sorriso largo de quem faz o que gosta " essa noite representa pra mim um resgate, pois nossos ancestrais não tiveram muitas oportunidades de fazer registros de sua cultura, esse vídeo é um documento. E um documento desse nível sobre o meu trabalho tem valor de educação também, além de atrair mais turistas para a Bahia". diz a baiana trajada de branco e com vários colares azuis e marrons representando sua fé nos orixás do Candomblé.
Também estava presente no evento o Secretário de Reparação Ailton Ferreira que disse que o evento tinha singular importância " Um vídeo com esta temática, coloca a mulher negra no seu lugar devido, ocupando os espaços que antes lhes era negado. Alaíde é um símbolo, porque ela transforma o avental e a colher de pau em instrumentos de poder, o feijão deixa de ser nossa comida diária, e se transformam em instrumentos de transformação. Eu enquanto secretário de Reparação, quando recebo alguma personalidade, ao invés de levar pra orla da Barra, eu levo em Alaíde".
A noite terminou com a certeza de que cada vez mais, os espaços culturais e sociais estarão sendo abertos e democratizados.
Fonte: http://peloviesdajanela.blogspot.com/
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