Márcia Severino de Oliveira. Assim foi batizada, uma mulher de pele negra, considerada um símbolo contra todas as desigualdades. Márcia, uma brasiliense simpática, tem mais de 40 décadas de caminhada, marcada por sofrimentos, discriminações e vitórias. “Meu pai tinha uma chácara em Águas Lindas de Goiás. Morávamos no DF (Distrito Federal) e aqui ao mesmo tempo, mas meu coração é aguaslindense com certeza”, ressalta. [...]
Popularmente conhecida por Márcia Napoleão – por ser filha do pioneiro e policial federal João Napoleão, que veio viver e morar em Águas Lindas desde 1982 – a professora, formada em pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, sempre lutou pelo direito do povo, como se fosse uma causa particular.
O pai de Márcia ficou conhecido por ajudar na construção da Igreja São Pedro de Águas Lindas de Goiás
Mãe de uma menina de seis anos, Márcia moradora de Taguatinga/DF, fez sua carreira em Águas Lindas de Goiás, onde iniciou como diretora do Colégio Municipal Darci Ribeiro em 1998. “Nesta época me destaquei, pois inovei totalmente. Transformei a escola numa verdadeira casa para os alunos. Cuidava de mais de 1200 alunos, como se fossem todos meus”, afirma Márcia.
Márcia revolucionou o campo acadêmico em Águas Lindas. Transformou as escolas, em um lugar agradável, onde crianças e adolescentes gostavam de ficar o dia todo. “Tenho orgulho de dizer, que fiz a diferença neste município, apesar de tantas dificuldades que passei”, completa.
Exemplo de vida!
Márcia foi além. Ajudou a criar a primeira biblioteca do município. “Já cataloguei mais de quatro mil livros, durante muito tempo. Foi trabalho demais”, brinca.
Além das dificuldades que já existiam em Águas Lindas, a professora teve que enfrentar discriminações. “Infelizmente, passei por isso, fui humilhada por ser negra e por acharem que eu não teria capacidade para certas coisas. Foi muito triste e traumático”, conta Márcia.
Mas a guerreira não permitiu que isso atrapalhasse seus sonhos. Depois de muito tentar entender o que estava acontecendo, a professora descobriu. “Eu tinha medo de enfrentar as pessoas, eu tinha medo de mostrar minha capacidade. E foi justamente este medo, que me ajudou e transformou tudo”, comemora.
Márcia criou então, o projeto “Quebrando a Cultura do Medo”, na tentativa de mostrar a importância das pessoas lutarem pelos seus direitos e não se permitirem sofrer qualquer tipo de discriminação. O projeto deu início na Escola Kennedy, no Setor Pérola, em 2005.
“O projeto serve para as pessoas entenderem uma coisa: não adianta fugir dos problemas, o melhor é encará-los. Graças a Deus, o projeto atende principalmente crianças e adolescentes. Esses precisam aprender desde cedo, o que é lutar pelos direitos. Saber peitar tudo aquilo que for ruim”, explica Márcia.
O projeto tem o apoio do Ministério de Políticas de Promoção da Igualdade da Presidência da República e atualmente, atende todas as escolas municipais de Águas Lindas de Goiás.
Márcia, feliz e orgulhosa, deixa uma mensagem. “Espero que as pessoas prossigam com este respeito ao próximo e que saibam recorrer quando for necessário. Sempre que precisar: denuncie e dê seu grito de liberdade”.
Texto: Karolline Soares
Foto: Arquivo pessoal
Popularmente conhecida por Márcia Napoleão – por ser filha do pioneiro e policial federal João Napoleão, que veio viver e morar em Águas Lindas desde 1982 – a professora, formada em pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, sempre lutou pelo direito do povo, como se fosse uma causa particular.
O pai de Márcia ficou conhecido por ajudar na construção da Igreja São Pedro de Águas Lindas de Goiás
Mãe de uma menina de seis anos, Márcia moradora de Taguatinga/DF, fez sua carreira em Águas Lindas de Goiás, onde iniciou como diretora do Colégio Municipal Darci Ribeiro em 1998. “Nesta época me destaquei, pois inovei totalmente. Transformei a escola numa verdadeira casa para os alunos. Cuidava de mais de 1200 alunos, como se fossem todos meus”, afirma Márcia.
Márcia revolucionou o campo acadêmico em Águas Lindas. Transformou as escolas, em um lugar agradável, onde crianças e adolescentes gostavam de ficar o dia todo. “Tenho orgulho de dizer, que fiz a diferença neste município, apesar de tantas dificuldades que passei”, completa.
Exemplo de vida!
Márcia foi além. Ajudou a criar a primeira biblioteca do município. “Já cataloguei mais de quatro mil livros, durante muito tempo. Foi trabalho demais”, brinca.
Além das dificuldades que já existiam em Águas Lindas, a professora teve que enfrentar discriminações. “Infelizmente, passei por isso, fui humilhada por ser negra e por acharem que eu não teria capacidade para certas coisas. Foi muito triste e traumático”, conta Márcia.
Mas a guerreira não permitiu que isso atrapalhasse seus sonhos. Depois de muito tentar entender o que estava acontecendo, a professora descobriu. “Eu tinha medo de enfrentar as pessoas, eu tinha medo de mostrar minha capacidade. E foi justamente este medo, que me ajudou e transformou tudo”, comemora.
Márcia criou então, o projeto “Quebrando a Cultura do Medo”, na tentativa de mostrar a importância das pessoas lutarem pelos seus direitos e não se permitirem sofrer qualquer tipo de discriminação. O projeto deu início na Escola Kennedy, no Setor Pérola, em 2005.
“O projeto serve para as pessoas entenderem uma coisa: não adianta fugir dos problemas, o melhor é encará-los. Graças a Deus, o projeto atende principalmente crianças e adolescentes. Esses precisam aprender desde cedo, o que é lutar pelos direitos. Saber peitar tudo aquilo que for ruim”, explica Márcia.
O projeto tem o apoio do Ministério de Políticas de Promoção da Igualdade da Presidência da República e atualmente, atende todas as escolas municipais de Águas Lindas de Goiás.
Márcia, feliz e orgulhosa, deixa uma mensagem. “Espero que as pessoas prossigam com este respeito ao próximo e que saibam recorrer quando for necessário. Sempre que precisar: denuncie e dê seu grito de liberdade”.
Texto: Karolline Soares
Foto: Arquivo pessoal
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