terça-feira, 9 de agosto de 2011

África nas escolas - Guia de turismo faz viagem com alunos pela cultura africana.


Marca da campanha permanente
da Maria Preta contra o racismo criada pelo publicitário
João Silva 
O ensino da historia africana nas escolas dá novas referências aos estudantes, além de ajudá-los a entender melhor suas raízes. Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003, a lei 10.639 obriga a inclusão no currículo oficial das escolas publicas e privadas, da temática historia e cultura afro brasileira.   
De acordo com a resolução, a disciplina deve ser ministrada de forma transversal inserindo-se em varias matérias, pensando em torna-la mais atrativa para alunos de todas as raças, o guia de turismo Rodney Sacramento criou o projeto “África nas escolas” que, de forma dinâmica e lúdica pretende levar para esses alunos através de um passeio pela cidade uma viagem pela cultura africana .
Enviado por Rodney Sacramento






GUIA DE TURISMO VIAJA COM ALUNOS PELA CULTURA AFRICANA
       Projeto inovador é baseado na lei que torna obrigatório o ensino da cultura afro

 Sair da monotonia de uma aula expositiva na escola é a vontade de qualquer aluno, aliar a isso a oportunidade de poder conhecer melhor a cultura dos seus ancestrais em uma viagem é realmente um sonho. Pensando nisso, que o guia de turismo Rodney Sacramento criou o projeto “África nas escolas” que, de forma dinâmica e lúdica leva para esses alunos através de um passeio pela cidade uma viagem pela cultura africana passando por lugares que simbolizam e marcaram a força dessa cultura em nosso cotidiano.
   O projeto inovador é baseado na lei 10639/11.465 que torna obrigatório o ensino da cultura afro brasileira no ensino fundamental e médio e visa ressaltar uma questão de fundamental importância para o fortalecimento de identidades éticas afro-brasileiras, destacando, dentre as principais temáticas o aspecto legal que gira em torno da obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-brasileira.
   O objetivo principal é divulgar e produzir conhecimentos, bem como atitudes, posturas e valores que eduquem os alunos cidadãos quanto a pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam respeito aos direitos legais e valorização de identidade da cultura africana, como outras que contribuíram para a formação da identidade cultural brasileira, a lei visa fazer um resgate histórico para que as pessoas conheçam um pouco mais o Brasil e melhor a sua própria historia, trabalhando o conhecimento da historia e cultura da África a partir do processo de escravidão, bem como conceitos sócio, político e histórico.
   O passeio que acontece em um ônibus com ambiente climatizado no piso inferior e andar superior panorâmico descoberto para a melhor visualização de todos os pontos e totalmente confortável e  seguro começa pelo Forte de Santo Antonio da Barra com uma visita ao museu náutico, de lá os alunos seguem para o Dique do Tororó, o passeio continua pelo bairro mais negro da cidade a Liberdade com direito a uma passadinha pelo Curuzu, o roteiro termina no Pelourinho visitando o museu afro, a igreja Rosário dos Negros e no Museu Solar Ferrão na praça das artes onde acontece uma encenação de um escravo sendo castigado pelo capitão do mato e uma deliciosa degustação de comidas originárias da África.
   Ao longo do roteiro, existem pontos de embarque e desembarque dos alunos pra visitação do ambiente e durante o percurso acontece uma aula onde são explanadas a história e as memórias dos negros desde o trafico negreiro, cotidiano, trabalho, quilombos, a capoeira como símbolo de resistência e luta, religião, alimentação, musicalidade e a discriminação racial.
   Para Rodney Sacramento a lei veio para desmitificar a inferioridade da raça africana e segundo ele, além do estudo da África e dos africanos seu projeto vai destaca ainda as lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro nas áreas social, econômica e política, pertencentes, também à História do Brasil “A história da relação entre Brasil e África vai muito além do período colonial e do tráfico de escravos ao qual a população se acostumou a referir-se a negros. Ela sempre esteve vinculada nos meios acadêmicos e em bancos escolares de forma secundária. Trabalha-se a África como se fosse um continente marcado apenas por guerras, fomes, epidemias, miséria, sem nenhum contexto histórico-político-social e cultural, ficando reduzida apenas a estereótipos, e de uma forma diferente, fora do ambiente escolar, dentro de um ônibus ao ar livre e fazendo um passeio pela cidade, que eu pretendo mostrar a esses alunos através desse projeto o legado cultural dos negros, a riqueza que esse povo tão sofrido conseguiu construir e como a cultura africana influencia nossas vidas até hoje e em alguns bairros de nossa cidade isso ainda pode ser vivenciado e melhor entendido”, conclui o guia.
   Os horários dos passeios no turno matutino são das 8hs às 12h30 e no vespertino das 13hs às 17h30.


africanasescolas@gmail.comhttp://www.webartigos.com/templates/Default/Images/podcast.gif

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