Passei anos da minha vida trabalhando com crianças, adolescentes e jovens da centro histórico de SP. Conheci a boca lixo de perto e vi a cracolandia nascer. Trabalhei com a primeira geração de craqueiros, numa parceria da Fundação Projeto Travessia (onde trabalhei) com o Projeto Quixote, do Dr. Auro Bueno, junto à Escola Paulista de Medicina. Naquela época, o crack (que era droga de pobre) substituía a cola de sapateiro pelas ruas centrais e o Sindicato dos Bancários e o Banco de Boston estavam preocupados com a questão e nos contrataram para desenvolver um projeto pedagógico/social para entender e resolver o problema. Nessa época falavam de tolerância zero (psdb) e nós tínhamos uma proposta ousada de combate às drogas com educação (letramento) incentivada por meio de bolsas (pagando os usuários para sair do processo e estudar).
O que vejo, agora, é a impressionante incapacidade da administração de SP fazer política urbana e combate às drogas, mais uma vez!
Até os lojistas da Sta. Efigência conseguiram introduzir um aspecto básico; reinserção da população de usuários de droga que perambulam pela região. Vejam o link do site do Rui Falcão:
e a entrevista com a Raquel Rolnik sobre a Nova luz:
Para Raquel Rolnik, Santa Ifigênia será 'terra arrasada' com projeto Nova Luz
Remoções arbitrárias de moradores em SP serão objeto de denúncia da relatora da ONU para moradia adequada. Para ela, Prefeitura fomentou rótulo de Cracolândia para justificar intervenção:
http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/08/para -raquel-rolnik-prefeitura-de- sp-promove-2018terra-arrasada2 019-com-projeto-nova-luz
Fred Maia
Um comentário:
Olá Maria Preta!
Interessantíssimo e humanitário o seu trabalho!
Tenha uma abençoada semana!
Quero lhe convidar para que leia ‘O casamento de Paulo Cesar’ no http://jefhcardoso.blogspot.com/
“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)
Postar um comentário