terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Juca Ferreira se filia ao PT dia 2 de fevereiro na Bahia.

Em conversa exclusiva com a Maria Preta ,o Ex-ministro da Cultura Juca Ferreira fala sobre seu afastamento do PV, filiação ao PT e planos futuros .

Maria Preta  - É verdade que recebeu convites de outros partidos? Porque escolheu o PT?

Juca Ferreira - Quando eu decidi me afastar do PV há um ano , eu comecei a pensar o que fazer com meu desejo de participação política e com minha militância política: se me filiaria, quando e em que partido. Eu me considero um militate programático: acho que a política é um meio de se construir a sociedade socialmente justa ,democrática e sustentável que queremos. E é através do Programa Político que se decide os caminhos a seguir, que se define o projeto para a sociedade e se agrega pessoas para criar uma força política e social capaz de vencer a inércia. Estou chegando com esta visão de somar, de fortalecer um processo em marcha no Brasil, da qual fazem parte um elenco de partidos e organizações da sociedade e que tem no PT a principal força. Quando fui ministro, tive uma oportunidade especial de contribuir para o processo em marcha de transformação do país e dei o melhor de mim durante os oito anos no Ministério da Cultura do governo do presidente Lula. Ou seja, já faço parte desse grande projeto político de transformação do Brasil, de consolidação de sua democracia, com igualdade de direitos e oportunidades e com sustentabilidade.



MP- Quais seus planos dentro do partido na Bahia? 
JF- Chego sem planos. Quero primeiro saber quais os planos do PT e como posso me inserir no partido. Pretendo conversar com a direção e com o Governador. Não tenho dificuldade de me inserir na vida social e política da minha terra ou de dar uma contribuição nacional. Desde que cheguei do exílio em 1980, tenho participado das lutas sociais, ecológicas e democráticas do povo baiano e soteropolitano. Participei de vários movimentos e projetos sociais como o SOS Chapada Diamantina, Projeto Axé e muitos outros.A indiferença nunca esteve ao meu alcance. Fui vereador da cidade por dois mandatos, fui secretário de meio ambiente de Salvador no governo da prefeita Lídice da Mata, representante da comunidade no Conselho da Universidade Federal da Bahia, fui da Comissão Nacional da Agenda XXI e nos últimos oito anos estive no governo do presidente Lula servindo ao Ministério da Cultura.

MP - Como vai atuar na eleição para prefeito de Salvador se não poderá disputar? 
JF - A cidade de Salvador está maltratada, desfigurada, perdendo sua beleza e se inviabilizando como possibilidade de vida urbana com qualidade de vida para seus cidadãos. O municipio perdeu a capacidade de planejamento e a prefeitura não tem força política - e talvez não tenha interesse- para defender os interesses dos cidadãos. A coisa está correndo solta:especulação imobiliária, ocupação voraz dos espaços públicos, maltrato dos bens da coletividade. Acho que não exagero se digo que a situação de Salvador está um horror. Sinto que precisamos fazer dessa eleição uma manifestação de cidadania, em defesa da cidade e do povo soteropolitano.

 MP-Porque 2 de fevereiro? 
JF - Foi o próprio partido quem escolheu a data. Fiquei feliz. Essa nova etapa da minha vida política se dará com as bênçãos de Yemanjá e espero que ela me ilumine e me proteja.

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