De acordo com o deputado Carlos Bordalo (PT), o Poder Legislativo tem que valorizar todas as culturas, manifestações religiosas e expressões culturais, e não poderia ser diferente com os cultos afro-brasileiros. “A sessão é uma demonstração do respeito com a diversidade, com a convivência pacífica e democrática”, afirmou. O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) fez um pronunciamento condenando toda e qualquer intolerância sexual, religiosa e racial.
Pai Fernando de Ogum acredita que a sessão é um marco importante na luta por dignidade dos afro-religiosos. “As portas estão se abrindo para toda a comunidade”, disse. Já a homenageada Kátia Andrade pediu respeito do Poder Legislativo. “Queremos um olhar mais voltado aos afrodescendentes, porque somos eleitores e temos o direito de estar aqui e de expressar nossa religiosidade”, lembrou Kátia.
Um agradecimento na língua Banto foi feito ao final da cerimônia por Ivanildo dos Santos (Nego Banjo). Aos 93 anos, o Babalorixá Pai Bené (Benedito Saraiva Monteiro) entoou músicas embaladas ao som de instrumentos de percussão, sendo acompanhado por passos de danças dos participantes do encontro.
Homenagem – A Comenda ‘Mãe Doca’ faz reverência ao dia 18 de março de 1908. Nesta data, Rosa Viveiros (Mãe Doca) foi presa por pertencer a uma religião de matriz africana. A data ficou conhecida como dia do primeiro toque de tambor, feito como forma de protesto por sua prisão.
A sessão foi acompanhada por diversos representantes de terreiros. Foram homenageados: a antropóloga Anaisa Vergulino e Silva, Arthur de Moraes Marajó, Benedito Saraiva Monteiro, Elizabeth Pantoja Rocha, Fernando Antônio Rodrigues, Ivonildo dos Santos, Kátia Andrade, Maria Emília da Cruz e Vanda Lúcia dos Santos Soares.
Fonte: Assembleia Legislativa do Pará
Foto : sem autoria
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