sexta-feira, 22 de junho de 2012

RJ - Balé Folclórico da Bahia estréia no teatro Carlos Gomes

Cultura baiana no Rio de Janeiro
Inspirado em rituais do Candomblé, o espetáculo, que já foi aplaudido nos Estados Unidos, Europa e Caribe, agora chega ao Rio de Janeiro para quatro apresentações no Teatro Carlos Gomes. Nos EUA, mais de 100 mil pessoas, dentre celebridades como Glor
A temporada no Rio de Janeiro integra a turnê nacional do Balé, iniciada em janeiro, em Salvador, com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. A turnê, que também inclui São Paulo, é um marco nos 24 anos de história do grupo, que possui uma intensa agenda no exterior e prestígio internacional, mas enfrentava dificuldade para percorrer o Brasil. É a primeira vez que a companhia, selecionada pelo Programa Oi de Patrocínios Culturais, consegue patrocínio de uma empresa brasileira para realizar uma turnê nacional. “Já apresentamos o Balé ao mundo, queremos propagar nosso trabalho no Brasil”, afirma Walson Botelho, fundador e Diretor geral do Balé, mais conhecido como Vavá Botelho

Em “Herança Sagrada”, os bailarinos - exuberantes, vibrantes, incansáveis e donos de movimentos virtuosos – reproduzem com fidelidade sequências de movimentos de alguns dos mais importantes rituais do Candomblé, numa coreografia baseada em danças do culto afro-brasileiro. A segunda parte do espetáculo reúne coreografias clássicas do repertório do Balé, que traduzem as mais importantes manifestações folclóricas baianas, em “Puxada de Rede”, “Capoeira” e “Samba de Roda”, além de “Afixirê”, coreografia inspirada na influência dos escravos africanos na cultura brasileira. O espetáculo tem 90 minutos de duração.

PROGRAMA

“HERANÇA SAGRADA - A CÔRTE DE OXALÁ”


Coreografia: Walson Botelho e Zebrinha
Música: cânticos sagrados do Candomblé


Nos mais de 300 anos de colonização portuguesa, milhões de escravos foram trazidos para o novo mundo. Como principal forma de resistência à sua identidade cultural, esses africanos mantiveram a sua manifestação religiosa. Herança Sagrada celebra esta rica tradição trazendo à cena alguns dos mais belos e importantes rituais da religião Yorubá, como uma das mais antigas e sagradas religiões da história da humanidade.


Em “Herança Sagrada”, Obatalá, criador do universo yorubá, coloca na Terra seu primeiro filho e Orixá, Exú, principal mensageiro entre os segredos do Orun (firmamento) e o Aiyê (a terra). Exú fica como responsável por dar vida a todos os seres animados, criando o mundo real.
Durante os rituais festivos, novos adeptos são iniciados saudados pelas Divindades do panteão religioso africano, a exemplo de OGUM, que rege a força da natureza contida no ferro e nas guerras; OXUM, a Deusa da vaidade e da beleza, que rege a força das águas doces; OBALUAIYÊ, Orixá das enfermidades, das doenças contagiosas e da morte; IANSÃ, que representa a força dos ventos e das tempestades e OXOSSI, divindade protetora das florestas.


Alguns significados:

• INICIAÇÃO DE YAÔ – Celebração da primeira apresentação pública do novo iniciado na religião. Após um determinado tempo de reclusão,onde recebe o AXÉ que guiará sua vida para sempre, o Yaô é saudado pelos Orixás e pelos demais adeptos do Candomblé.
• XIRÊ – Festa. Comemoração. Sequência de danças dedicadas aos Deuses africanos delineando o aspecto central do ritual: celebração do transe permitindo que os Orixás assumam formas humanas e exibam através de movimentos espontâneos os vários aspectos da sua personalidade, criando temporariamente uma ponte entre o real e o divino.
• EXÚ – Divindade enviada por Olorum, o Deus Supremo, para criar o mundo real. Este Orixá brincalhão, dono das encruzilhadas e estradas é reverenciado sempre em primeiro plano como forma de agradá-lo, pois Ele é o mensageiro entre o Orum e o Ayé (Firmamento e Terra).
• OGUM: Orixá que rege os elementos da guerra e do ferro.
• OXUM: Divindade suprema das águas doces, Deusa rainha da vaidade e da beleza.
• OBALUAÊ: Orixá das doenças contagiosas, das pragas e da morte.
• IANSÃ: Deusa guerreira dos ventos, das tempestades. Aquela que foi partida em nove pedaços.
• OXOSSI: Divindade protetora das florestas, dos animais e dos caçadores.
• OXALÁ: Orixá maior do Candomblé. Pai supremo de todas as divindades.

“PUXADA DE REDE”


Coreografia: Walson Botelho
Música: Folclore baiano
Manifestação popular ainda encontrada nas praias da Bahia, na qual os pescadores, acompanhados de suas mulheres, saem à noite para a pescaria e durante todo tempo realizam rituais para IEMANJÁ, Deusa do mar, através de cantos

“BERIMBAU”
Coreografia: Zebrinha
Música: Folclore baiano


Reza a lenda que do amor entre dois jovens de tribos rivais, por se amarem e desobedecerem às leis impostas por seus familiares de nunca se verem, foram separados e transformados por uma feiticeira em um pássaro chamado IÚNA.
O canto melancólico deste pássaro reflete a agonia dos protagonistas desta estória de amor na tentativa inútil de se reencontrarem. E foi inspirado no canto da IÚNA que surgiu o mais belo e sagrado dos toques do berimbau.
“SAMBA DE RODA”
Coreografia: Walson Botelho
Mise-en-scene: Walson Botelho e Zebrinha
Música: Folclore baiano
A dança e o ritmo mais populares na Bahia. O Samba de Roda surgiu como forma de entretenimento entre os escravos durante seus raros momentos de lazer nos fundos das senzalas. A partir de então, tomou várias formas distintas e originou diversos estilos hoje propagados por todo o país, num exemplo que varia entre o samba duro, praticado pelos capoeiristas após as rodas de capoeira, aos pagodes dos morros cariocas e das festas populares na Bahia.

“CAPOEIRA”
Coreografia: Walson Botelho
Mise-en-scene: Walson Botelho e Zebrinha
Música: Folclore baiano
Forma de luta marcial que tem como base outras artes marciais e danças trazidas pelos escravos africanos, em especial aqueles vindos de Angola, durante o período colonial. Foi reprimida e proibida a sua execução principalmente em locais públicos até o início da década de 60, quando começou a ganhar força e prestígio através de grandes mestres de capoeira que a levaram para todo o mundo, sendo hoje reconhecidamente a “arte marcial oficial do Brasil”.
“AFIXIRÊ”
Coreografia: Rosângela Silvestre
Música: Antônio Portella e Jorge Paim
AFIXIRÊ, em Yorubá, significa “festa da felicidade”. Uma coreografia inspirada na grande influência que os povos africanos tiveram na formação da cultura brasileira, em especial, na Bahia. Uma verdadeira festa de cores, movimentos e sons.
reconhecidamente a “arte marcial oficial do Brasil

Serviço:


Espetáculo: Herança Sagrada – A Côrte de Oxalá - Balé Folclórico da Bahia
Local: Teatro Carlos Gomes (Rua Pedro I, nº 4, Praça Tiradentes, Centro, Rio de Janeiro, RJ)
Data: 21 a 24 de Junho
Horário: 19h30
Ingressos:
Quinta a sábado (dias 21, 22 e 23) - R$ 60,00 (plateia) e R$ 30,00 (balcão)
Domingo (dia 24) - R$ 1,00
Duração: 90 minutos
Classificação etária: 12 anos

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