Com público fiel e salas cheias, a 23ª edição do Festival Internacional de Curtas-metragens começa nesta quinta-feira (23), em São Paulo, conta a sua idealizadora, Zita Carvalhosa. "Temos um público fiel. Começamos com um público de 18 a 25 anos e hoje temos um de 18 a 55. Ao mesmo tempo tempo, tem muita gente que vai pela primeira vez. Somos formadores de público de cinema, e sempre temos as salas cheias", diz.
O evento surgiu nos anos 1990, quando curtas-metragens brasileiros ainda podiam ser vistos nos cinemas, exibidos antes de filmes estrangeiros. Com a extinção da Embrafilme (empresa estatal que produzia e distribuia filmes brasileiros) pouco tempo depois, a prática caiu em desuso, e os curtas ficaram mais restritos a mostras e exibições em programações específicas.
"Começamos numa época em que não era tão desenvolvida a comunicação, pensando que curtas vistos numa sala de projeção tem outra leitura. A gente acredita que trazer curadores internacionais nessas condições poderia mudar um pouco a circulação da nossa produção audiovisual, e isso se comprovou. Nossos curtas circulam em muitos festivais do mundo", diz.
Zita conta que, mesmo com a maior abrangência em formatos de curtas existente atualmente, o critério de escolha dos filmes não mudou. "Quando você assiste a um bom filme, você não tem dúvidas. Não temos critérios específicos, o nosso é que tem que ter bons filmes", explica. Além da qualidade, o festival tenta fazer um panorama da produção mundial, com filmes de diversos lugares. A escolha dos trabalhos demora entre três e quatro meses.
Também será exibido o francês "A Regra de Três", dirigido pelo ator e galã Louis Garrel. O filme trata da solidão em que todos estamos, mesmo tendo pessoas em volta.
Do Brasil, serão exibidos o inédito "Vestido de Laerte", de Claudia Priscilla e Pedro Marques, sobre o cartunista Laerte; o novo curta de Jorge Furtado, "Até a Vista", que mostra um jovem cineasta à procura de uma história para seu primeiro longa; e "A Dama do Estácio", de Eduardo Ades, estrelado por Fernanda Montenegro. O curta conta a história de uma velha prostituta que acorda obcecada com a ideia de que irá morrer.
Da América Latina, vêm 27 produções de dez países, como "Quando eu Crescer", da Guatemala, em que uma garota descobre que sua melhor amiga foi paga pela sua família para fazer companhia a ela; e "Éguas e Papagaios", da argentina Natalia Garagiola, que mostra os caprichos da aristocracia portenha às vésperas de um casamento.
A programação completa pode ser consultada no site do festival.
23º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo
Abertura: 23 de agosto (somente para convidados)
Quando: de 24 a 31 de Agosto
Onde: Cinemateca Brasileira, CineSESC, Museu da Imagem e do Som, Espaço Itaú Augusta, Cine Olido e Cinusp.
Quanto: Grátis
Abertura: 23 de agosto (somente para convidados)
Quando: de 24 a 31 de Agosto
Onde: Cinemateca Brasileira, CineSESC, Museu da Imagem e do Som, Espaço Itaú Augusta, Cine Olido e Cinusp.
Quanto: Grátis
Fonte : uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário