terça-feira, 4 de setembro de 2012

Brasilia - Cerimônia para entronização dos heróis da Revolta dos Búzios no Panteão da Pátria hoje as 17 horas


A cerimônia de entronização dos heróis da Revolta de Búzios - Lucas Dantas de Amorim Torres, Luís Gonzaga das Virgens e Veiga, Manoel Faustino Santos Lira e João de Deus do Nascimento - será realizada no próximo dia 4 de setembro, às 17h, no Panteão da Pátria, em Brasília, organizado pela Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal.
O Projeto de Lei 5.819/2009, de autoria do deputado federal Luiz Alberto (PT/BA) e sugerido pelo Grupo Cultural Olodum, foi sancionado pela presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 4 de março de 2011 e transformado na Lei Ordinária 12.391/2011, que determina a inscrição dos nomes dos líderes da Revolta dos Búzios no Livro dos Heróis Nacionais, conhecido como o “Livro de Aço do Brasil”, juntamente com o de Zumbi dos Palmares.Os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens e Veiga e os alfaiates Manoel Faustino Santos Lira e João de Deus do Nascimento foram enforcados e esquartejados como revoltosos em 12 de agosto de 1798. A Revolta dos Búzios, também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Conjuração Baiana, reuniu a população negra que sonhava e lutava pela implantação de uma República democrática e pelo fim da escravidão.
Para o deputado Luiz Alberto, O legado da Revolta dos Búzios, assim como de outras revoltas organizadas e levadas adiante por africanos, negros livres, forros e libertos é, indiscutivelmente, o da liberdade, ainda que na diáspora forçada. A inspiração que nos deixaram é a coragem para lutar mesmo que tudo esteja contra as nossas aspirações. ”A homenagem é muito válida, para além da importância histórica e cultural que eles têm para toda a nação”, disse Luiz Alberto.
Baseados nos ideais da Revolução Francesa de liberdade, igualdade e fraternidade, os revolucionários pregavam a independência do Brasil, ideias republicanas e de direitos iguais para todos os habitantes do país.
Na Bahia Colonial viviam milhões de africanos e seus descendentes, a maioria esmagadora, sem quaisquer direitos humanos respeitados, sem direito a ir e vir livremente, sem liberdade de expressão ou crença, sem direito de reunir-se.

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