Eleição de Marco Feliciano foi marcada por vários protestos
Após dois dias de intenso debate, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara acaba de eleger, por 11 votos, o deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) como seu novo presidente. Houve um voto em branco. A votação foi marcada por protestos de parlamentares ligados à defesa dos direitos humanos, que acusam Feliciano de ter dado declarações racistas e homofóbicas.
Presidente do colegiado até esta manhã, Domingos Dutra (PT-MA) declarou, de maneira emocionada, que renunciava ao cargo em protesto contra a “ditadura” imposta pela presidência da Câmara, que impediu a participação de manifestantes durante a reunião desta manhã. A deputada Antônia Lúcia (PSC-AP) foi eleita para a primeira vice-presidência, em votação conduzida pelo mais antigo do colegiado, Costa Ferreira (PSC-MA).
Declarado eleito, Feliciano mencionou o apoio da família sobre as acusações de racismo e homofobia, e fez um relato sobre o dia em que sua esposa, ainda gestante, perdeu o filho depois de “quatro dias na fila do hospital”. “Se eu tivesse praticado o crime de racismo, a primeira pessoa a quem eu teria de pedir desculpa é a minha mãe. Ela não tem a pele negra, mas o cabelo é negro, os olhos são negros, a coração é negro. Como eu também sou”, disse o deputado, que lembrou ter procurado o deputado Jean Wyllys (Psol-SP), um dos principais opositores de sua indicação, para convencê-lo de que é “um cristão moderado”.
Fonte: geledes.org.br/ Pragmatismo Político
Nenhum comentário:
Postar um comentário