terça-feira, 9 de julho de 2013

Já conferiu a música inspirada nas manifestações composta pelo genial Tom Zé?

Durante as diversas manifestações que já ocorreram em nosso país, a maioria delas foi embalada ao som de canções de protesto. Seja Chico Buarque, Milton Nascimento ou Geraldo Vandré. Músicas marcantes, com letra e melodia de grande intensidade, sempre acompanharam os passos dos manifestantes na busca dos mais diversos benefícios ou direitos. E os últimos protestos não fogem à regra.

O cantor e compositor, Tom Zé, autor de sucessos como Tô e Augusta, Angélica e Consolação, acaba de lançar uma música para embalar as recentes manifestações que acontecem pelo país inteiro.

A música intitulada Povo Novo, foi composta por ele, Marcus Preto, Paula Mirhan e Marcelo Segreto. Este último participou também da cançãoTribunal do Feicebuqui, recém-lançada em resposta às críticas de internautas contra o tropicalista, após participar de um comercial da Coca-Cola.

Segundo informações do próprio Tom Zé, Povo Novo foi inspirada em um texto da socióloga Marília Moscou. Ainda, segundo ele, 75% da música foi praticamente orientação do site dela, incluindo os versos “quero gritar na próxima esquina” e o polêmico “olha, menino, que a direita já se azeita”. Abaixo, você pode conferir a letra completa:

POVO NOVO

A minha dor está na rua
Ainda crua
Em ato um tanto beato, mas
Calar a boca, nunca mais!
O povo novo quer muito mais
Do que desfile pela paz
Mas
Quer muito mais
Quero gritar na
Próxima esquina
Olha a menina
O que gritar ah, o
Olha menino, que a direita
Já se azeita,
Querendo entrar na receita, mas
De gororoba, nunca mais
Já me deu azia, me deu gastura
Essa politicaradura
Dura,
Que rapa-dura!

Vale ressaltar alguns versos. Nos primeiros, é perceptível a análise um tanto bem humorada quanto aos jovens que dominam os protestos, como em “A minha dor está na rua/ Ainda crua/ Em um ato um tanto beato”.

Já nos últimos é possível observar o apoio de Tom Zé à esquerda, que criticou amplamente a entrada de direitistas com o argumento de que essas pessoas estavam fazendo com que os protestos perdessem o enfoque inicial. É notória tal crítica em “Olha menino, que a direita/Já se azeita/Querendo entrar na receita, mas/De gororoba, nunca mais”.

Pode ser que a música não emplaque, devido às recentes mudanças no rumo das manifestações. Além disso, a parcialidade da letra em alguns momentos pode torná-la uma música popular às massas, não à multidão inteira que compõe os protestos. Porém, vale à pena ter o registro musical de um gênio como Tom Zé. Mesmo que não vire o hino das manifestações agora, com a certeza de que não era essa a intenção de Tom Zé, essa composição pode servir como o hino futuro que marca a entrada do país em um novo e restaurado Brasil.

Para ouvir:


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