quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Um dos mais impactantes dramaturgos da atualidade em cartaz no Vila Velha. #Confira!

COMPANHIA TEATRO DOS NOVOS ESTREIA PEÇA DO ROMENO MATEI VISNIEC


Com sua obra traduzida em mais de 20 línguas, o autor é considerado um dos mais impactantes dramaturgos da atualidade

Desde o mês de maio, Sônia Robatto, Anita Bueno e Zeca de Abreu, atrizes da Companhia Teatro dos Novos, e participantes da universidade LIVRE de teatro vila velha ensaiam a próxima montagem do grupo: ESPELHO PARA CEGOS com textos da peça “Teatro Decomposto ou o Homem-Lixo” (Le Théâtre Decomposé ou L’Homme Poubelle, título original em francês. Paris, 1992). O trabalho conta ainda com a participação em vídeo da atriz Neyde Moura, indicada ao Prêmio Braskem de Teatro 2012.


Sobre o trabalho com os jovens atores da universidade LIVRE de teatro vila velha, diz Sonia Robatto: “É sempre muito estimulante ver o princípio de um ator”.

Aclamado pela crítica mundial, o autor expõe em seu texto a decomposição das relações humanas, a solidão, o controle social, o aprisionamento, a subserviência e vários entraves contemporâneos. As metáforas de Visniec exigem uma percepção muito sensível e aguçada, com muitas possibilidades associativas e interpretativas. Nada é gratuito, aleatório ou se detém apenas numa única leitura. Há muita poesia e humor, com alto teor filosófico e político.

O trabalho tem direção de Marcio Meirelles, co-direção de Bertho Filho e também contou com a colaboração do diretor escocês Douglas Irvine, graduado pela Royal Conservatoire of Scotland, que fez uma residência no Vila; além de proporcionar aos participantes da LIVRE estágio como atividade de extensão do programa de formação em artes cênicas do Vila.

As peças do dramaturgo romeno Matéi Visniec, 56 anos, já foram montadas em mais de 20 países e publicadas no Brasil pela Editora É Realizações. Pelo menos, duas delas foram encenadas em palcos brasileiros: “Um Trabalhinho para Velhos Palhaços”, que teve uma montagem dirigida há 12 anos por André Paes Leme, e “Teatro Decomposto ou O Homem-Lixo”, realizado há seis anos pelo diretor Luiz Furlaneto.

Num contexto em que teatros, espaços, grupos e artistas lutam pela sobrevivência, “Espelho para Cegos” entra em cena sem quaisquer patrocínios ou prêmios de editais, mostrando que é possível produzir teatro fora da dependência química do Estado, “que precisa urgentemente repensar as políticas de fomento e formação de plateia, que não serão efetivas se não pensarem a economia da difusão das artes cênicas e o fomento ao mercado”, diz o encenador Marcio Meirelles.

Dias 16, 17, 18, 23, 24, 25/08 | Sex e Sáb: 20h | Dom: 19h
R$ 30 e 15 | Sala Principal

Matéi Visniec

O dramaturgo Matéi Visniec, 56 anos, começou a escrever na Romênia dos anos 1970, sob o regime do ditador socialista Nicolae Ceausescu. O autor, no entanto, sentia-se atraído pelas vanguardas do início do século 20 – sobretudo pelo surrealismo, dadaísmo e expressionismo. A união entre sua postura politizada e o aprofundamento subjetivo em seus textos agora pode ser vistas em 13 de suas peças publicadas pela Editora É Realizações no Brasil.

Sonia Robatto

Atriz, escritora, fundadora da Companhia Teatro dos Novos e do Teatro Vila Velha, Sonia Robatto (hoje com 75 anos) tem 54 de carreira. Fez parte da primeira turma de alunos da Escola de Teatro da Ufba. É membro-fundadora da Sociedade Teatro dos Novos, primeira companhia profissional de teatro da Bahia (1959), criadora do Teatro Vila Velha (1964). Na Escola de Teatro participou dos espetáculos A Almanjarra (1958), A Via Sacra (1958) e As Três Irmãs (1958). É autora de mais de 400 histórias infantis publicadas em livros, revistas e fascículos. Desde 1969, atua no mercado editorial quando criou e dirigiu, para a Editora Abril, a Revista Recreio, um marco nas publicações infantis brasileiras, onde lançou nomes hoje consagrados na literatura infantil como: Ruth Rocha, Ana Maria Machado, Joel Rufino dos Santos e tantos outros. Seu livro “Pé de Guerra” foi adaptado para o teatro por Márcio Meirelles, onde representa sua própria vida. A peça foi premiada com o Copene de Teatro de melhor montagem em 2001.

Marcio Meirelles

Diretor, cenógrafo e figurinista. Responsável pela revitalização do tradicional Teatro Vila Velha, em Salvador, também criou, em 1990, juntamente com Chica Carelli, o Bando de Teatro Olodum, grupo baiano formado somente por atores negros. Entre seus atuais trabalhos, destacam-se: “Ó pai, ó!”, cujo texto e projeto de encenação deram origem ao filme homônimo, dirigido por Monique Gardemberg. Também escreveu e dirigiu a peça “Candances – a reconstrução do fogo” (2003), do grupo carioca Companhia dos Comuns, que se tornou samba-enredo do Salgueiro no Carnaval de 2007. Em 2013, criou a universidade LIVRE de teatro vila velha.

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