Bom dia;
Gostaria muito de nesse momento esta aqui postando coisas em relação ao carnaval como o racismo nosso de cada dia não da tregua aqui vai uma reflexão feita no Cabré da Raça.
Todo apoio para o ator Vinícius Romão.
Rose Marie - (Fala a atriz) Agora eu, Rejane Maia, atriz... Sou discriminada desde a hora em que acordo e vejo a condição de vida das pessoas que moram na Yolanda Pires3 , quer dizer, na comunidade em que vivo. Sou discriminada quando pego o ônibus e criticam minha roupa, meu cabelo. Sou discriminada quando vou ao supermercado e o fiscal me segue como se eu estivesse roubando. Eu paro e digo: "qual é meu irmão, perdeu alguma coisa?" Sou discriminada porque sou mulher e porque sou negra e muitos acham que eu devia estar pilotando o fogão da cozinha de alguém, ou usando minha força para limpar a sujeira de suas casas ou de sua cidade, que o leite farto de meu peito devia estar alimentando os filhos dos outros, que minha bunda firme e redonda devia estar excitando fantasias eróticas nos Sargentelis da vida, que meu corpo devia estar na cama de motéis baratos pros turistas despejarem seu esperma e sua tara. Mas sou mulher e sou negra e me orgulho de meu nariz largo, de minha pele escura, do meu cabelo crespo, das minhas ancas e da minha história. Sou mulher e sou negra e minha força vai ser usada para honrar a memória de meus antepassados: reis, guerreiros e sacerdotes que foram arrancados de suas terras para trazer para esse novo mundo seu trabalho, suas lágrimas e sua alegria. Sou mulher e sou negra e meu leite vai para os filhos que saírem do meu ventre ou para aqueles que eu resolva adotar. E meu corpo vai para o homem que eu escolher e souber me amar e me respeitar. E minhas ancas são para requebrar, celebrando a alegria, na batida guerreira da minha raça. Minha mãe não é Nossa Senhora, é Nanã Boroquê.
Gostaria muito de nesse momento esta aqui postando coisas em relação ao carnaval como o racismo nosso de cada dia não da tregua aqui vai uma reflexão feita no Cabré da Raça.
Todo apoio para o ator Vinícius Romão.
Rose Marie - (Fala a atriz) Agora eu, Rejane Maia, atriz... Sou discriminada desde a hora em que acordo e vejo a condição de vida das pessoas que moram na Yolanda Pires3 , quer dizer, na comunidade em que vivo. Sou discriminada quando pego o ônibus e criticam minha roupa, meu cabelo. Sou discriminada quando vou ao supermercado e o fiscal me segue como se eu estivesse roubando. Eu paro e digo: "qual é meu irmão, perdeu alguma coisa?" Sou discriminada porque sou mulher e porque sou negra e muitos acham que eu devia estar pilotando o fogão da cozinha de alguém, ou usando minha força para limpar a sujeira de suas casas ou de sua cidade, que o leite farto de meu peito devia estar alimentando os filhos dos outros, que minha bunda firme e redonda devia estar excitando fantasias eróticas nos Sargentelis da vida, que meu corpo devia estar na cama de motéis baratos pros turistas despejarem seu esperma e sua tara. Mas sou mulher e sou negra e me orgulho de meu nariz largo, de minha pele escura, do meu cabelo crespo, das minhas ancas e da minha história. Sou mulher e sou negra e minha força vai ser usada para honrar a memória de meus antepassados: reis, guerreiros e sacerdotes que foram arrancados de suas terras para trazer para esse novo mundo seu trabalho, suas lágrimas e sua alegria. Sou mulher e sou negra e meu leite vai para os filhos que saírem do meu ventre ou para aqueles que eu resolva adotar. E meu corpo vai para o homem que eu escolher e souber me amar e me respeitar. E minhas ancas são para requebrar, celebrando a alegria, na batida guerreira da minha raça. Minha mãe não é Nossa Senhora, é Nanã Boroquê.
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