Manifestantes protestam na passagem do ônibus com jogadores da seleção para a Granja Comary
BERNARDO ITRI
MARCEL RIZZO
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A TERESÓPOLIS
Depois de enfrentarem manifestação de professores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro em frente ao Hotel Linx, onde se reuniram pela primeira vez, os jogadores da seleção brasileira chegaram também sob protestos na Granja Comary. O local será a concentração da equipe brasileira para a Copa do Mundo.
No local havia aproximadamente 200 pessoas entre manifestantes do Sindicato Estadual dos Professores do Rio e militantes do PSTU e do PSDB e torcedores, segundo a polícia. Eles entoam cânticos e exibem faixas contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. "Brasil vamos acordar, professor ganha menos do que o Neymar", era um dos cânticos.
No Rio de Janeiro, os professores exibiram também faixas e gritos contra a realização da Copa do Mundo no Brasil. "Pode acreditar, educador vale mais do que o Neymar", é um dos cânticos dos manifestantes.
Eles também exibiram faixas em inglês: "Tem dinheiro para a Copa, mas não tem dinheiro para educação".
Os manifestantes -aproximadamente 200 vaiaram os jogadores e colaram vários adesivos no ônibus contra a Copa e cobrando reajuste salarial na saída da delegação com destino à Granja Comary.
O ônibus da seleção deixou o local sob proteção de quatro carros da Polícia Federal.
Professores estaduais e municipais do Rio estão em greve desde o último dia 12. Eles reivindicam aumento de 20% no salário, redução da carga horária dos servidores administrativos para 30 horas semanais (atualmente são 40 horas por semana), plano de carreira unificado para a categoria e eleição direta para diretor de escolas.
Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), dos 75 mil professores do Estado, 30% aderiram à greve, e dos 42 mil do município, 55% cruzaram os braços.
Fonte: Folha de S. Paulo
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