sexta-feira, 25 de julho de 2014

Ilê Aiyê sedia mutirão para diagnóstico do glaucoma

O bairro do Curuzu, onde fica a sede do bloco afro, foi escolhido para o mutirão por ter uma grande população de raça negra

O Ilê Aiyê, no Curuzu, será sede neste sábado, dia 26 de julho, entre 8 e 17 horas, de um grande mutirão para diagnóstico do glaucoma, doença ocular sem cura mas possível de ser controlada com tratamento clínico à base de colírios. O mutirão é uma iniciativa conjunta da Clínica Pro Oftalmo e o próprio Ilê, que está cedendo sua sede para atendimento à população do bairro da Liberdade, Curuzu e entorno. O atendimento é gratuito, desde que os interessados passem por uma triagem a ser feita na própria sede do bloco afro.

Dois médicos oftalmologistas, quatro enfermeiras, quatro estudantes de Medicina e pessoal de apoio comporão a equipe da Clinica Pro Oftalmo que atuará no mutirão. Não há limite para o número de atendimentos, desde que seja possível dentro do tempo disponível pela equipe, que encerrará os trabalhos às 17 horas. 

A escolha do bairro do Curuzu, onde fica a sede do Ilê (a Senzala do Barro Preto), não se deu por acaso, como explica a diretora da Clinica Pro Oftalmo, Carla Leite. Ela diz que o bairro e outros próximos se caracterizam por uma grande população de cor negra, um dos alvos preferidos do glaucoma. Outro fator de risco seria a hereditariedade: a ocorrência da doença em membros da mesma família. 

O trabalho do mutirão está ligado ao Sistema Único de Saúde, uma vez que, diagnosticada a doença, o paciente passaria a ter o acompanhamento do SUS no fornecimento gratuito do colírio de tratamento, que tem um custo muito alto. Esse acompanhamento, incluindo o fornecimento do medicamento, como explica Carla Leite, será feita pela própria clínica em visitas regulares à população, tendo como ponto de apoio a sede do Ilê Aiyê.

Para o mutirão, a clínica levará para o Curuzu todos os equipamentos necessários para os exames a serem feitos na população, como medição da pressão ocular e exame de fundo de olho. Doença silenciosa que atinge pessoas normalmente acima de 40 anos, o glaucoma provoca danos no nervo óptico responsáveis por enviar sinais visuais ao cérebro. O resultado disso, com o tempo, é a cegueira precoce. Segundo pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) 80% das pessoas que têm glaucoma só buscaram o oftalmologista depois de perceber alterações como perda de visão, olhos vermelhos, desconforto e embaçamento nas vistas. O mutirão quer justamente fazer com que a doença seja descoberta a tempo de ser possível o seu tratamento. 

Assessoria de Imprensa
Companhia de Comunicação
Tels: 3247-5851/88921119 (Antônio Moreno)

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