segunda-feira, 21 de julho de 2014

Tem culpa eu ter identidade​?

Jorge Alfredo Samba Riachão


Por Ildázio Tavares

No calor das palmas de um imenso auditório lotado, a certeza reconfortante de ter visto um filme 100% Bahia com alto teor de qualidade o que evidencia nossa auto-suficiência de fazer arte – dos técnicos à equipe de criação; dos depoimentos de estrelas diversas em diversas situações; ao cenário; aos motivos; à temática, tudo respira Bahia no filme Samba Riachão de Jorge Alfredo. Atingimos um alto grau histriônico. Aprimoramos com requinte nossa linguagem – a tribo se exalta; se afirma e não pelos valores maximalistas que o mundo se acostumou a conhecer desde que Carmem Miranda abacaxizou a Bahia e por extensão o Brazil, assim com z de gringo mesmo. Neste filme, vemos uma Bahia equilibrada. Os depoimentos são cálidos, mas não ufanistas exaltados. O Grão-Mestre Caetano está admiravelmente ponderado até quando vende o peixe desbragado de Aracy de Almeida. Esta Bahia deste filme não pode ser classificada de folclórica.

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