No país, acredita-se que poções feitas com partes dos corpos de portadores da deficiência possam trazer sorte e riqueza
Por iBahia
Albinos são alvos de preconceito e morte na Tanzânia. Sequestros e assassinatos de portadores do distúrbio congênito são muito comuns no país, tanto que existem campanhas contra a perseguição dos cerca de 30 mil albinos que vivem no país.
O albinismo se caracteriza pela ausência de pigmento na pele, cabelo e olhos por conta de uma deficiência na produção de melanina no corpo. O distúrbio é raro, afetando apenas um a cada 17 mil pessoas, aproximadamente. No ocidente é algo pouco presente, mas é muito comum na África Subsaariana. E por lá, as perseguições a albinos são cotidianas.
Em alguns lugares, eles são vistos como demoníacos e perigosos. Na Tanzânia, algumas pessaos acreditam que poções feitas com partes dos corpos de portadores da deficiência tragam sorte e riqueza. Por conta disso, nos últimos três anos, mais de 70 mil albinos foram mortos no país. No entanto apenas dez pessoas foram presas por conta dos assassinatos, A morte mais recente aconteceu em maio deste ano, quando uma mulher foi morta a golpes de machado.
Campanhas de conscientização são elaboradas para tentar conscientizar a população e diminuir os preconceitos e superstições envolvendo o albinismo. Na Tanzânia, pessoas são obrigadas a fugir dos locais onde vivem por conta do medo de perseguição e morte. Em uma cidadezinha chamada Sengerema, uma estátua foi erguida no centro. O monumento mostra um casal não portador segurando um bebê albino e a mãe colocando um chapéu com abas na cabeça dele (a pele albina precisa de mais cuidados contra o sol que qualquer outra pele).
Escritos na estátua estão também os nomes de 139 pessoas que foram mortas, atacadas ou tiveram seus corpos roubados de suas covas por serem albinas.
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