O curioso é que um grande mercado explorador de marfim tem escapado das críticas: a religião. Católicos, budistas, muçulmanos, entre outras crenças, manifestam sua fé por meio de artefatos de marfim. Estes ícones são abençoados por monges e padres e presenteados entre chefes de Estado. Jamais algum chefe de tráfico de marfim foi pego e incriminado, o que mantém este comércio secular inabalável. Cada item de marfim comprado representa um elefante morto.
O fotojornalista Brent Stirton, da National Geographic, trabalhou com o jornalista Bryan Christy, da agência Getty, durante três anos. O trabalho fotojornalístico recentemente recebeu um prêmio no 49º Wildlife Photographer of the Year, na categoria Wildlife Photojournalist. Brent e Bryan percorreram países da África e da Ásia para retratar o comércio ilegal, os abatimentos, colecionadores de marfim e religiosos que ostentam os objetos como ícones sagrados. A reportagem foi veiculada em outubro de 2012, no site da National Geographic.
Para combater este mercado negro e proteger os elefantes, há o Kenya Wildlife Service (KWS), mas pouquíssimos recursos são destinados ao serviço, o que torna impossível diminuir o ritmo dos caçadores. A população de elefantes africanos está em torno de 500 a 700 mil e os abatimentos ultrapassam o número de 25 mil ao ano. Já a população de elefantes asiáticos não passam de 50 mil.
Abaixo algumas das fotos feitas por Brent Stirton:
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