Jannini Rosa
Centrado numa proposta de prática inclusiva, letrada e igualitária, o I Fórum Mundial de Educação, Literatura e Inclusão Social irá trabalhar com temáticas envolvendo professores e escritores, a fim de desenvolver ações sobre a identidade da língua lusófona e a importância de construir um ensino básico de qualidade. Dentre as inúmeras palestras que ocorrerão entre os dias 21 – 24 de maio no auditório da Universidade Estadual da Bahia, o evento contará com uma Feira Literária que visa à divulgação de escritores brasileiros e estrangeiros e uma premiação àqueles que se destacaram no campo literário.
A iniciativa parte da Abrasa (Casa do Brasil na Áustria), presidida pela baiana Queila Rosa, sob o apoio da Editora Comunicação. Em entrevista à nossa equipe, ela falou sobre a expectativa para a ocasião e a forma como a ideia surgiu.
- Vivendo na Áustria há alguns anos e tendo contato com brasileiros diariamente, como resumiria a dificuldade que eles têm em manter a fluência na língua materna?
Acredito que parte desse problema ocorre pela dificuldade de aprendizado do português, pois nossa comunidade carece de uma boa educação. O brasileiro muitas vezes não consegue se desenvolver em outra língua por não ter tido a oportunidade de aprender o idioma nativo de forma adequada. Às vezes, sequer frequenta a escola por ter que trabalhar desde cedo. Infelizmente isso é comum no Brasil e, quando descobre a possibilidade de ter uma vida melhor em outra nação, se dá conta de que a realidade é outra.
-Como o Fórum Mundial de Educação e Literatura pretende contribuir para a reversão deste quadro?
O Fórum vem para discutir e informar aos educadores e profissionais do livro, que trabalham ativamente para produzir materiais de estudos (sejam eles fictícios, poéticos, documentais ou didáticos), a importância de desenvolver ações que despertem o interesse dos alunos. Para tanto, trabalharemos com temas que envolvam ferramentas lúdicas de ensino, contações de histórias e inclusões sociais neuro-educacionais. Vale destacar que receberemos professores até o ensino médio e escritores de diversas vertentes.
-Por tudo isso é possível concluir que a ABRASA é uma pioneira no que tange a iniciativas sócio-educacionais?
A ABRASA acredita que essas iniciativas vão além das salas de aula. Tratam-se de desenvolvimento humano. Somos pioneiros quando falamos em despertar no Brasil a importância do Português como língua materna a fim de implementar a cultura do bilinguismo. Temos grandes mestres da Literatura, uma riqueza e diversidade cultural que nenhuma outra nação consegue alcançar. As armas estão em nossas mãos, basta que usemos a nosso favor.
Aos escritores que desejam participar diretamente ou indiretamente da iniciativa, basta enviar um e-mail ao endereço forumpensandoeducacao@gmail.com e solicitar mais informações.
Fonte: Revista Elegante
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