Priscila Machado
Morreu, na tarde deste sábado, 28, aos 71 anos, o cineasta baiano Tuna Espinheira. Ele estava internado há um mês no Hospital da Bahia e não resistiu a uma infecção intestinal, decorrente de um câncer. O corpo será cremado neste domingo, 1º, às 11h, no cemitério Jardim da Saudade, em Brotas.
Natural de Salvador, Tuna realizou mais de 30 trabalhos, como ator, editor, roteirista, produtor e diretor, em 44 anos de atuação no cinema. Ele também atuou por alguns anos na diretoria de audiovisual da Fundação Cultural do Estado.
Recebeu diversos prêmios por documentários como "O Bruxo Bel Borba" e "O Imaginário de Juraci Dórea no Sertão: Veredas".
Em 2011, lançou o primeiro longa-metragem, "Cascalho", que foi o único do Nordeste a concorrer ao 37º Festival de Brasília e ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Macapá.
Os documentários e filmes de Tuna dialogavam com o universo literário, mostrando a vida de grandes artistas ou de suas obras. Ele deixa um filme incompleto sobre o poeta baiano Eurico Alves.
Intelectual
O escritor e imortal da Academia de Letras da Bahia, Rui Espinheira lamentou a morte do irmão: "Era uma pessoa simples e ao mesmo tempo um intelectual, muito preparado e dedicado, tanto que quando estava internado dizia que tinha que sair do hospital para terminar o filme".
"Tuna era um cineasta da velha guarda baiana. Período em que, mesmo sem o apoio de políticas públicas, ele produzia filme sozinho. Era um ranzinza, mas eu tinha muito carinho por ele", relatou o cineasta Pola Ribeiro.
Para a artista plástica Lígia Aguiar, que era amiga de Tuna, a morte do cineasta é uma perda muito grande. "Ele era uma pessoa genial em todos os sentidos. Tinha um humor maravilhoso. Uma pessoa totalmente voltada para o intelectual", comentou.
Fonte: A Tarde
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