"Ministro Juca Ferreira: há algum tempo, quando era ministro Euro Brandão, no governo Ernesto Geisel, Gláuber Rocha pediu-lhe uma audiência. Chegando ao gabinete, cumprimentos de praxe, o cineasta baiano sapecou uma das suas tiradas geniais: 'Ministro, estou aqui por uma simples razão: o senhor é o ministro da cultura, certo? Pois eu sou a cultura, e aqui estou para o senhor me ministeriar'. Conto a história, Juca, porque ela me vinha à memória o tempo todo durante aquele inesquecível encontro da última teça-feira, dia 14, no Teatro Vila Velha. Ali estava parte significativa da comunidade cultural baiana, e o senhor a 'ministeriou' como ninguém. A sua fala foi a de um 'ministro-estadista', e nos tocou em cheio. Ali estavam, juntos em uma só pessoa, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, à época do ministro Gilberto Gil, o próprio ministro Juca Ferreira do governo Lula, coautor e autor de políticas públicas que mudariam para sempre a história da cultura brasileira: Cultura Viva, Mais Cultura nas Escolas, nas Universidades, Vale Cultura, PAC das Cidades Históricas, enfim, o realizador de uma gestão que nos colocou no caminho da cidadania cultural." Coluna do secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, em A Tarde/BA.
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