sexta-feira, 22 de maio de 2015

Games no futuro do Brasil

O novo ministro da Cultura do segundo governo de Dilma Rousseff, Juca Ferreira, afirmou no XXVII Fórum Nacional A Hora e a Vez do Brasil, no dia 14 de maio, que os videogames podem desconcentrar o desenvolvimento nacional, tirando o foco de outros setores que dominam a economia brasileira. “Estamos falando de um mercado na mais franca expansão em um mundo em crise, e para o qual ainda não nos organizamos para nele competir. [Games] é uma cadeia de produção que fatura mais que o cinema e que obtém o dobro do lucro que a música”, disse Juca na reunião.


O modelo para formar o mercado de jogos digitais no Brasil é a Cidade Multimídia em Montreal, no Canadá, de acordo com o ministro de Dilma. Para Juca Ferreira, o povo canadense criou rapidamente uma indústria de exportação de games e se tornou o terceiro país do setor, abaixo apenas de Estados Unidos e do Japão. O Brasil, no entanto, ainda se mantém a margem desta cena de produção, embora tenha o quarto maior público consumidor do mundo. Isso ocorre por uma falta de investimento na cultura em ligação com a economia criativa e outros setores. O ministro Juca também pontuou que há frágeis estatísticas sobre o segmento de jogos digitais, o que dificulta o seu mapeamento.

No evento foram mencionados números da Organização das Nações Unidas (ONU) que indicam que a economia da cultura já representa 7% do PIB mundial. No Brasil, o IBGE afirma através de levantamento que há dez anos as famílias gastam 7% do orçamento no consumo de bens e produtos culturais. No entanto, para a Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), a produção cultural brasileira corresponde a 2,84% na composição do Produto Interno Bruto nacional. Ou seja, há ainda uma baixa produção local para o consumo, que é predominantemente de importados.

As informações são do Ministério da Cultura, divulgadas pelo pesquisador, jornalista e mestrando Pedro Santoro Zambon.

Fonte: Ministério da Cultura

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