sexta-feira, 15 de maio de 2015

Valeu Negão!

B.B. King, o 'Rei do Blues', morre aos 89 anos nos Estados Unidos


No início de abril, guitarrista foi hospitalizado após sofrer desidratação.
Ele tinha diabetes tipo 2 e foi internado novamente há poucos dias


O músico B.B. King, considerado o "Rei do Blues" e integrante do Hall da Fama do Rock and Roll desde 1987, morreu na madrugada desta sexta-feira (15) em Las Vegas, nos Estados Unidos, aos 89 anos de idade, informou seu advogado.

No início de abril, o guitarrista havia sido hospitalizado após sofrer uma desidratação por causa da diabetes tipo 2 da qual sofria há mais de 20 anos. Ele voltou a ser internado há poucos dias.

A lenda se despede com 16 prêmios Grammy, mais de 50 discos em quase 60 anos de carreira e músicas que marcaram época, como “Three o’clock blues”, “The thrill is gone”, “When love comes to town”, “Payin’ the cost to be the boss”, “How blue can you get”, “Everyday I have the blues”, “Why I sing the blues”, “You don't know me”, “Please love me” e “You upset me baby”.

B.B. King tinha verdadeira paixão por seus instrumentos. (Foto: Valentin Flauraud / Reuters)

Considerado o maior guitarrista de blues da atualidade, verdadeira lenda, Riley B. King, nasceu em 16 de setembro de 1925, no Mississippi, nos Estados Unidos. Tocava nas esquinas e em bares. Comprou o primeiro violão quando a falta de eletricidade no interior do país fazia dos instrumentos musicais a maior atração dos anos de 1940.

O músico foi autodidata, nunca teve professor. Gostava de ser seduzido pelas melodias. O B.B. de seu nome artístico vem de Blues Boy, dos tempos do rádio.

Seu primeiro grande sucesso nacional foi “Three o'clock blues”, que estourou nos anos 1950. A partir daí começou a fazer turnês sem parar. Só no ano de 1956 sua banda chegou a fazer 342 apresentações.

B.B. King criou um estilo autêntico de guitarra. Em seus solos, ao contrário de outros guitarristas, o Rei do Blues preferia usar poucas notas. Ele dizia que conseguia fazer uma nota valer por mil.

B.B. King em Montreux, em julho de 2009. (Foto: Valentin Flauraud / Reuters)

Paixão era a guitarra
Ele tinha verdadeira paixão por seus instrumentos. Tanto que enfrentou um incêndio durante um show pra salvar uma de suas guitarras. O fogo teria começado numa disputa entre dois rapazes por uma garota. Depois desse episódio suas guitarras passariam a ser carinhosamente chamada de “Lucille”, o nome da jovem.

A fama de suas guitarras ganhou o mundo. Em 1997, King presenteou o papa João Paulo II com uma “Lucille”, no Vaticano.

Em 2012, fez parceira inesperada com o presidente americano Barack Obama, durante um show de blues na Casa Branca.

O guitarrista em 21 de abril de 1980, durante a abertura New Orleans Jazz Festival. (Foto: Arquivo / AP Photo)

Em outubro de 2014, o guitarrista precisou abandonar um espetáculo em Chicago, diante de um quadro de desidratação e esgotamento, o que provocou a suspensão do restante da turnê, que ainda tinha 8 shows programados.

Aos 86 anos, ainda fazia cerca de 100 apresentações por ano.

Considerado um dos artistas mais influentes de todos os tempos, seu talento inspirou outros grandes guitarristas, como Stevie Ray Vaughan, Jeff Beck, Jimi Hendrix, George Harrison, Buddy Guy e Eric Clapton.

Troy ‘Trombone de Shorty’, Andrews, Jeff Beck, Derek Trucks, Gary Clark Jr. e BB King durante apresentação na Casa Branca. (Foto: Arquivo / Chris Kleponis / Reuters)

Brasil
O último show no Brasil ocorreu em 2012, em São Paulo. Antes, se apresentou no Rio de Janeiro e em Curitiba.

B.B. King ganhou diversos Grammy Awards: melhor desempenho vocal masculino de Rhythm & Blues, em 1970, com “The thrill is gone”; melhor gravação étnica ou tradicional, em 1981, com “There must be a better world somewhere”; melhor gravação de blues, em 1983, com “Blues’N jazz”, e, em 1985, com “My guitar sings the blues”. Em 1970, Indianopola Missisipi Seeds concede-lhe o Grammy de melhor capa de álbum. A Gibson Guitar Co. o nomeou “embaixador das guitarras Gibson no mundo”.

King se casou duas vezes. Primeiro com Martha Lee Denton, com quem viveu entre 1946 e 1952; e, depois com Sue Carol Hall, entre 1958 e 1966. O artista deixa 14 filhos e mais de 50 netos.

Fonte: G1

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