Dirceu entra com habeas corpus para não ser preso
Os advogados do ex-ministro José Dirceu estão dando entrada nesta quinta (2) com um habeas corpus preventivo para que ele não seja preso.
Alegando que o petista está na "iminência de sofrer constrangimento ilegal", ou seja, de ser detido, os representantes de Dirceu, liderados pelo advogado Roberto Podval, pedem que o tribunal conceda "ordem de habeas corpus, evitando-se o constrangimento ilegal e reconhecendo o direito do paciente de permanecer em liberdade".
Na petição, de 40 páginas, eles afirmam que Dirceu, investigado por receber dinheiro de empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato, atendeu, por meio de sua assessoria, a mais de "60 clientes de 20 setores diferentes da economia, como indústrias de bens de consumo, telecomunicações, comércio exterior, logística, tecnologia da informação, comunicações e construção civil".
Eles elencam alguns dos clientes de Dirceu: "Ambev, Hypermarcas, EMS, grupo ABC –do publicitário Nizan Guanaes– e para a Telefônica, além de grandes empresários internacionais como Carlos Slim, Gustavo Cisneros e Ricardo Salinas".
Afirmam ainda que Dirceu foi surpreendido por saber, por meio da imprensa, que seu nome "havia sido enredado na assim denominada Operação Lava Jato".
E dizem que, apesar da insistência em ser ouvido, ele "nunca pôde, até o momento, mesmo querendo, explicar quaisquer dúvidas porventura existentes quanto a seus negócios, realizados no passado".
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