sexta-feira, 10 de julho de 2015

De NY: Governadora da Carolina do Sul assina lei que retira bandeira confederada


Governadora da Carolina do Sul assina lei que retira bandeira confederada

Após debate de 13 horas, proposta foi aprovada na Câmara por 94 votos a favor e 20 contra 
 
O deputado republicano Carl Anderson abraça o reverendo Jesse Jackson depois da Câmara dos Representantes da Carolina do Sul ter aprovado a proposta de retirada da bandeira confederada - John Bazemore / AP

COLUMBIA — A governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, assinou na tarde desta quinta-feira o projeto de lei para retirar a bandeira confederada da cúpula do Capitólio do estado. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Representantes na quinta-feira, após um debate que durou 13 horas.

— É difícil olhar para o que vem acontecendo no estado e não lembrar do massacre. o luto tem sido enorme. Fomos atingidos por uma tragédia que mudou a História da Carolina do Sul para sempre. A compaixão de todos fez com que voltássemos a olhar a honra e a dor de nossas heranças e tradição — disse a governadora ao assinar o documento.

Como parte de uma tradição em casos de Justiça, as nove canetas com a qual a governadora assinou a lei foram dadas aos familiares das nove vítimas do massacre de Charleston.

— Levamos tempo para entender, mas tomamos a ação de olhar para o passado. E, neste dia, a bandeira confederada está sendo botada abaixo. Vamos garantir que ela será botada num lugar justo. Vinte e dois dias atrás, nunca imaginei, que diria isso, mas hoje é um grande.

Nikki fez o anúncio de assinatura da lei momentos depois da ratificação do projeto de lei pelo vice-governador Henry McMaster. O gabinete de Nikki, no entanto, não informou imediatamente quando a bandeira será removida, mas a lei exige a retirada até 24 horas após a assinatura do projeto.

"É um novo dia na Carolina do Sul, um dia que todos nós podemos estar orgulhosos, um dia que verdadeiramente nos une enquanto continuamos nos sanando como um povo e um Estado", disse a governadora em um comunicado.

A bandeira — dos escravagistas do Sul durante a Guerra Civil americana — é um símbolo da escravidão e do racismo. O projeto de lei, já aprovado pelo Senado por 37 a 3, passou por uma votação de 94 a favor e 20 contra na Câmara, acima dos dois terços necessários.

O Legislativo discutiu o projeto de lei pela primeira vez na segunda-feira, menos de três semanas depois de um jovem supremacista branco matar nove negros durante estudo bíblico na histórica Igreja Emanuel de Charleston. O autodeclarado supremacista Dylann Roof, de 21 anos, aparece em várias fotos na internet ostentando a bandeira confederada.
 
por O GLOBO COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
 

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