segunda-feira, 11 de abril de 2016

Felizes para sempre? A intolerância está tentando acabar com o poliamor de um trisal do Rio de Janeiro


Desde que o servidor público Leandro Jonattan da Silva Sampaio, 33 anos, a dona de casa Thais Souza de Oliveira, 21, e a estudante Yasmin Nepomuceno da Cruz, também 21, viraram notícia no jornal Extra com a união estável do relacionamento poliafetivo, eles passaram a sofrer ataques na internet.

A união poliafetiva foi oficializada há seis dias. A relação tem mais tempo, claro. Há cinco anos, Leandro conheceu Thaís. Na época, o servidor público era casado e a jovem acabou incluída também na relação. Tempos depois, ele acabou se separando da primeira mulher. Em 2013, Leandro e Thais conheceram Yasmin.

Em nota enviada ao HuffPost Brasil, a tabeliã Fernanda Leitão, que "passou o papel" do trisal - como é conhecido a relação poliamorosa entre três pessoas -, explica que a Constituição não prevê o conceito de família como uma relação entre apenas duas pessoas.

“O que importa no Direito de Família é a relação de afeto que existe entre as pessoas. Qualquer tipo de união estável existe sem o papel (escritura). O papel vai servir para ratificar e regular aquela relação”, explica.

Nada disso, porém, foi capaz de tornar a vida deles livre do preconceito.


Ele segue: "Tem pessoas que não nos conhecem, não conhecem nossa rotina, não sabem o que fazemos para estar juntos. Não critico essas pessoas. A internet é democrática, cada um posta e fala o que quer. Mas convido essas pessoas a estudarem o assunto. Se você não aceita, é opção sua. Respeitar você precisa sempre. É pela intolerância que vemos tantos crimes bárbaros sendo cometidos".

"Tenho certeza de que se existisse a pena de morte, forca ou pessoas queimadas na fogueira, muitos votariam para que nós fossemos [mortos]", afirma Leandro. "Não estamos fazendo mal a ninguém. Estamos apenas sendo felizes".

"Minha mãe recebeu muitas críticas de amigas. E ela ficou muito assustada. Mas, tirando isso, a minha família vai se adaptar. Com o tempo, conforme a cabeça das pessoas for melhorando, eles vão aceitar melhor o casamento", explica Thais.


"No contexto familiar, posso dizer, que da minha parte, a aceitação foi muito grande. 90%, 95% ou até mais. Não é a exposição pela exposição, mas a coragem que nós tivemos de mostrar o nosso relacionamento e encarar essa sociedade que a gente tem que não aceita o que é diferente", conta Leandro.


Via Brasil Post

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