Até agora, plantas mais antigas eram fósseis de alga vermelha de 1,2 bilhão de anos, encontradas no Ártico canadense.
Raio-x de algas vermelhas como fósseis, tingidas para mostrar detalhes, pode representar as plantas mais antigas da Terra (Foto: Courtesy Stefan Bengtson/Handout via REUTERS )
Fósseis de 1,6 bilhão de anos descobertos na Índia, que se assemelham a algas vermelhas, podem ser as plantas mais antigas já conhecidas, uma descoberta que pode obrigar cientistas a reavaliar o momento quando importantes linhagens da árvore da vida primeiro apareceram na Terra.
Pesquisadores descreveram nesta terça-feira (14) os pequenos e multicelulares fósseis como dois tipos de algas vermelhas – uma de formato mais longo e a outra como um bulbo – que viveram num ambiente marinho raso junto a bactérias. Até agora, as plantas mais antigas conhecidas eram fósseis de alga vermelha de 1,2 bilhão de anos do Ártico canadense.
Os pesquisadores afirmaram que estruturas celulares preservaram os fósseis, e o formato deles em geral batia com o das algas vermelhas, um tipo de planta primitiva que se prolifera em ambientes marinhos como recifes de coral, mas também pode ser encontrado em água fresca. Um tipo de alga vermelha conhecida como nori é um ingrediente comum do sushi.
"Nós poderíamos quase ter comido sushi há 1,6 bilhão de anos”, brincou a bióloga Therese Sallstedt, do Museu de História Natural da Suécia, que participou do estudo publicado no periódico PLOS Biology.
A Terra se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos. Há evidências indicando que a vida apareceu na forma de bactéria marinha de 3,7 bilhões de anos a 4,2 bilhões de anos atrás. Somente muito mais tarde plantas e animais apareceram.
"As plantas tiveram um papel chave para a vida na Terra, e nós mostramos aqui que elas são consideravelmente mais antigas do que pensávamos, o que influencia a nossa avaliação de quando formas de vida avançada apareceram na cena evolucionária”, afirmou Therese Sallstedt.
Os fósseis foram encontrados em rochas sedimentares ricas em fosfato de Chitrakoot na região central da Índia. Os fósseis contém aspectos celulares internos, incluindo estruturas que parecem ser parte do equipamento para fotossíntese.
Via G1
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