Um projeto idealizado por Ricardo Esposito Cunha
Desde que o homem surgiu na Terra, a Natureza se apresentava da mesma forma, com aves, flores, rios, árvores... Que foram se modificando, mas a Natureza bruta, essência, lá estava. Cada vez mais, o “homem moderno” se afasta da natureza.
No documentário “ Xirê dos Orixás – A Festa da Natureza” apresentamos os 16 principais orixás do panteão do Candomblé, religião surgida no Brasil a partir da soma de crenças africanas , deuses, mitos e ritos trazidos pelos escravos na época da escravatura no Brasil. Com uma visão diferenciada que traduz de forma moderna , universal uma cultura tão especifica que fala na sua essência da Natureza. Afinal para os yorubas, os Orixás são deuses da natureza. Com um estilo assumidamente documental os Orixás são apresentados de forma que expectador tenha a sensação de estar participando das festas, com a proximidade da câmera que acompanha, se movimenta junto, levando as pessoas a presenciarem os participantes no transe dançando seus Orixás . Em contraponto imagens belíssimas de Natureza são usadas para apresentar o que na Natureza cada Orixá representa: Fogo, terra, água e ar nas suas diversas manifestações. Na edição a originalidade é explorada ao máximo com depoimentos autênticos, emocionantes de personalidades ligadas ao tema. Para cada Orixá são chamadas pessoas diferentes, nos depoimentos a emoção sempre presente daqueles que vivem no seu dia a dia a comoção da fé Os Orixás são apresentados na edição numa sequencia que faça sentido ao publico em geral, mostrando o fluxo que a “energia do planeta” segue seu rumo, do fogo ao vulcão, da lava solidificada a areia, das florestas que surgem na terra molhada as águas que na forma de rios escorem pelas matas em direção ao mar, das nuvens que trazem a chuva , a ventania e assim por diante. Tudo ao som de cantigas em yoruba ao toque dos atabaques. O documentário “Xirê dos Orixás – A Festa da Natureza” surge exatamente para emocionar, quebrando todo e qualquer tipo de preconceito, levando o conhecimento e a informação, mostrando que os Orixás não são demônios e sim a Natureza representada de forma belíssima por meio das danças e cantos ritualísticos, que são passadas de geração a geração através da tradição oral.
A obrigatoriedade do ensino da História da África no Brasil (de acordo com a Lei A Lei 10.639/03) torna oportuno o resgate de uma cultura milenar trazida pelos escravos no Brasil-Colônia que pela repressão do “dono da terra” se modifica e ganha outros contornos.
Durante o documentário, o espectador, também terá contato com a mitologia, conhecendo inúmeras histórias, um visual belíssimo ilustrado com as imagens dos mais diversos pontos do planeta como Kenya na África e Deserto do Atacama, Grand Canyon, Arizona, Estados Unidos...
Foram entrevistadas vinte importantes personalidades, cada um falando sobre um Orixá. De alma eclética e em plena sintonia com os diversos tipos de público, é um documentário que abrange expressões culturais afro-brasileiros.
Mais de oitenta (80) diárias foram realizadas para filmar as festas nas casas, terreiros e manifestações populares nas ruas. Ou seja, depois do trabalho de 3 anos filmando as festa do Candomblé e seus Orixás, depoimentos e eventos em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia o filme pode agora ser apresentado. Não sem antes agradecer enormemente a todos que participaram e tornaram possível a realização deste documentário. Obrigado
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