Ventos fortes do oeste, gerados pelo El Niño em áreas tropicais, podem retardar a formação de furacões, informou a "AccuWeather".
O olho do furacão Arthur é visto sobre o Atlântico em imagem da Estação Espacial Internacional, em 3 de julho de 2014 (Foto: Reuters)
A próxima temporada de furacões do Oceano Atlântico pode incluir ao menos três tempestades severas, mas provavelmente terá menos tormentas em geral, previu o instituto meteorológico privado "AccuWeather" nesta quarta-feira (6).
Os meteorologistas do "AccuWeather" estão atribuindo ao El Niño, um fenômeno climático do Oceano Pacífico, a criação de condições que vão resultar em um número de furacões menor do que o habitual no Atlântico.
O El Niño, caracterizado por temperaturas mais quentes que o normal no Pacífico, pode provocar um ano chuvoso no Estado norte-americano da Califórnia, mas causar secas em outras áreas.
Mas os ventos fortes do oeste, gerados pelo El Niño em áreas tropicais do Atlântico, podem retardar a formação de furacões, informou a "AccuWeather" no relatório divulgado nesta quarta.
A temporada furacões, que começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro, provavelmente vai produzir cerca de dez tempestades grandes o bastante para serem batizadas pelos meteorologistas, disse o serviço, menos que as 15 que ganharam nomes em sua passagem pelo Atlântico na última temporada, ameaçando a Costa Leste dos EUA, regiões litorâneas e ilhas mais ao sul.
Das dez tempestades, cerca de metade podem virar furacões – três delas grandes o suficiente para ser consideradas furacões de grande porte, segundo o "AccuWeather".
Ao menos uma pode ser o que os meteorologistas chamam de tempestade de alto impacto, semelhante ao Furacão Matthew do ano passado, que a Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) disse ter sido diretamente responsável por 585 mortes.
A temporada de furacões de 2016 foi a mais mortífera em mais de dez anos na bacia do Atlântico, acrescentou a "AccuWeather". No ano passado os furacões foram diretamente responsáveis por um total de 687 mortes, informou a NOAA.
Via G1
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