terça-feira, 2 de maio de 2017

Balé no Quênia empodera meninos e meninas e rompe barreiras


Depois de ver como as danças africanas têm ajudado uma escola no Rio de Janeiro, eis mais um exemplo de como a atividade vai muito além de movimentos com o corpo. O balé no Quênia tem ajudado a empoderar crianças e adolescentes que vivem em uma das regiões mais pobres do mundo, rompendo barreiras e abrindo portas para um futuro mais promissor e de oportunidades.

A leveza e disciplina do balé chegou até Kibera, em Nairóbi, uma das maiores favelas urbanas da África, através da Anno’s Africa, programa que leva atividades do meio artístico para pessoas de poucos privilégios em parceria com a One Fine Day, aplicando workshops de educação alternativa para mais de 1.700 crianças da África Subsaariana. Circo, música, artes, teatro, escrita criativa e danças estão inclusas nas disciplinas que ajudam a transformar a realidade de meninos e meninas carentes.


A cada ano são oferecidos dois meses de aulas intensivas para formar professores voluntários, que irão passar os conhecimentos adiante. “A emoção e a confiança que as oficinas e as aulas seguintes trazem para as crianças a medida em que descobrem seus talentos não só lhes dá um enorme prazer, mas também promove a descoberta de uma nova autoestima que irá ajudá-los em seu caminho para a vida adulta. E, dada a falta de educação disponível para a maioria deles, os cursos oferecem a estas crianças dotadas naturalmente uma oportunidade para futuras carreiras nas artes e um meio para escapar da armadilha da pobreza em que nasceram”, descreve o site da iniciativa.


No cenário precário de suas próprias escolas, os jovens estudantes afastam as mesas, varrem o chão de terra batida e organizam a sala antes de começar a rotina escolar, para poder ensaiar os passos delicados do balé clássico. Eles foram registrados pelo fotógrafo sueco Frederik Lerneryd, que mergulhou de corpo e alma nessa história por mais de um ano depois de se encantar com o que viu no país. “A transformação em suas vidas e o quão longe eles já foram em apenas um ano é realmente impressionante”, disse. A série de fotos, que por sinal é belíssima, segue em andamento, até porque o fotojornalista está morando em Nairóbi.


As bailarinas e bailarinos aprendizes vestem suas roupas coloridas e vibrantes que refletem a alegria de estar na ponta dos pés. Alguns estudantes acabam selecionados para uma escola específica, fora de Kibera, para desenvolverem suas habilidades. A arte é uma ferramenta de transformação, que amplia horizontes e abre portas.



A emissora Al Jazeera fez uma reportagem bacana por lá. Dá uma olhada no vídeo (em inglês):









 
 



Via Razões Para Acreditar

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