Mas, quanto maior o nível hierárquico, menor é a presença de negros; em cargos de diretoria, são só 5,3%
MARIANA BARBOSA
DE SÃO PAULO
"Costura, faxina..." Vanessa Santos Antônio, 20, sabe bem qual seria seu futuro se não tivesse decidido cursar faculdade. "Nasci em uma família pobre, em Brasilândia [zona norte de São Paulo], mas meu pai sempre me ensinou que o único jeito de mudar de verdade e ter um padrão de vida diferente é estudando."
Aluna do último ano de administração da Faculdade Zumbi dos Palmares, ela fez dois anos de estágio no Bradesco e foi efetivada com escriturária no departamento de recursos humanos.
Depois de se formar, pretende fazer pós-graduação e intercâmbio nos Estados Unidos para estudar inglês.
Durante a era Lula, a participação de negros como Vanessa nas empresas passou de 23,4% (2003) para 31,1% (2010), segundo pesquisa do Instituto Ethos com as 500 maiores empresas do país.