O MINISTÉRIO DA CULTURA e a FUNDAÇÃO Economia de Campinas (Fecamp) acabam de firmar convênio para elaborar um modelo brasileiro de análise da economia da CULTURA. Levantamentos feitos pelo Banco Mundial e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) indicam que cerca de 7% do PIB mundial vêm exatamente da economia da CULTURA e indice semelhante se verifica no BRASIL.
A partir do estudo a ser iniciado até o fim deste ano, será possível compreender os impactos de curto, médio e longo prazos dos investimentos públicos e privados na área. A avaliação dos impactos da economia da CULTURA é bastante recente. Os estudos internacionais disponíveis não conseguem dar conta da especificidade brasileira, tanto no que diz respeito à DIVERSIDADE CULTURAL como à característica da economia em expansão.
"A ampliação desses dados é importante para nos ajudar a formular políticas de estímulo da economia da CULTURA. O BRASIL pode e vai crescer muito se elas estiverem na direção certa e, para isso, temos que investir em dados sobre a economia da CULTURA", afirma o MINISTRO daCULTURA, JUCA FERREIRA.
Ao tomar medidas para conter o impacto da crise econômica mundial de 2009 sobre o BRASIL, o presidente Lula incluiu 30 milhões pessoas na classe média brasileira. "Esta é uma grande lição: o desenvolvimento brasileiro pode e deve incluir os milhões de excluídos social e economicamente", destaca Ferreira.
"A economia da CULTURA no BRASIL, hoje, não consegue incorporar nem 20% dos consumidores, com exceção da TV aberta. Acredito que seja possível dobrar a participação da economia da CULTURA no PIB brasileiro nos próximos cinco anos se forem incorporados corretamente novos empreendedores e consumidores", estima o MINISTRO
A PESQUISA
A metodologia da PESQUISA que será realizada por meio deste acordo deve compreender, por exemplo, o novo tipo de consumidor, que tem renda baixa, mas vem ganhando poder de compra.
O economista Roberto Sabattini, um dos coordenadores da PESQUISA, destaca que essa parcela da população representa um grande potencial para o consumo de produtos culturais. "Compreender essa dinâmica é fundamental para a elaboração das políticas públicas para a ampliação do acesso àCULTURA", diz.
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O grupo responsável pelo estudo pretende ainda criar uma rede de cientistas sobre o tema em todo o país, que deve continuar em atividade mesmo depois do fim do convênio com o MINISTÉRIO DA CULTURA. Serão oferecidas, por meio de edital, 72 bolsas de PESQUISA divididas em 16 equipes.A expectativa é que o novo modelo de avaliação fique pronto no final de 2012. O convênio se insere no PROGRAMA de Desenvolvimento da Economia da CULTURA (Prodec) do governo federal, desenvolvido pela Secretaria de POLÍTICAS CULTURAIS do MinC. O repasse para a Fecamp será no valor de R$ 2 milhões divididos em dois anos.
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