Cultura e tradição da festa de Iemanjá

Nesta quarta-feira (2), dia da Festa de Iemanjá, Rainha do Mar, todos os caminhos da cidade levam ao Rio Vermelho. Desde terça-feira (1) à noite, soteropolitanos e turistas já iam à beira do mar para jogar flores para Iemanjá e os comerciantes davam os últimos ajustes para garantir os produtos e serviços necessários para a grande festa. [...]


O presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinoco, ressalta que "é importante salientar a riqueza cultural da Festa de Iemanjá, que resgata as tradições das liturgias e sincretismo da Bahia. É realmente uma festa da diversidade neste bairro que tem todos os dias uma rica vida cultural, tendo como ápice a Festa de Iemanjá. E o evento conta neste ano com um Mercado do Peixe totalmente revitalizado por determinação do prefeito João Henrique".

Às 7h desta quarta-feira (2), a fila para as oferendas a Iemanjá já tinha uma extensão de cerca de 200m. Participando dos festejos, Ulisses Ferraz, professor paulistano, comentou suas impressões. "É uma festa muito bonita, com as pessoas vestidas de branco. É importante que além de pontos turísticos, a cidade tenha um calendário de tradições populares, pois estes eventos inserem o turista na cultura local", afirmou.

Turismo - Festejos como o Réveillon, a Lavagem do Bonfim, Festa de Iemanjá e o Carnaval são grandes atrativos da cidade na captação de turistas. Os cerca de dois milhões de turistas que procuram o destino Salvador entre os meses e dezembro e início de março (já que a festa momesca neste ano vai até o dia 08 de março) injetam recursos em 56 setores da economia.

O comércio de bairro também é beneficiado. Romero dos Santos Mota, por exemplo, é proprietário de um pequeno mercado no Rio Vermelho desde 1998 e afirma que no dia 02 de fevereiro tem um acréscimo de cerca de 1.000 % no seu faturamento diário. "Nesta data, tenho mais funcionários prestando serviços para meu estabelecimento. O evento é benéfico para toda uma cadeia. Além de aquecer a economia do bairro, e aumentar a arrecadação de impostos", comemorou.

A oportunidade atrai, inclusive, baianos de outras cidades do Recôncavo baiano. Joílson de Almeida, morador de Santo Antônio de Jesus, garante seu faturamento com a comercialização de flores que servem de oferendas para a Rainha do Mar, devidamente acompanhadas de pedidos para Iemanjá, que no sincretismo religioso é Nossa Senhora das Candeias. "É como se estivéssemos com um ponto numa feira. O lucro é garantido", frisou.

Fonte: Portal Imbuí