Acordei nesta sexta-feira, crente de que Deus existe! afinal, só um ente ultra-superior, dotado de sabedoria, bondade e balanço poderia ter criado esse senhor juazeirense - tal qual Armandinho Almeida e Galvão dos "Novos Baianos" -, João Gilberto, à sua imagem e semelhança. Trata-se, evidentemente, de um Deus "desafinado", que se confirma brasileiro, que "fuma um", que "marca hora" para namorar as namoradas, que come de marmita, que deixa louça empilhada na cozinha. Um Deus, que tem a seu lado, figuras (alguns no andar de cima) como Jobim, Carlos Lyra, Baden, Luiz Eça, Johnny Alff, Elizeth Cardoso, os Valle, Newton Mendonça, Vinicius, Zimbo Trio, Sylvinha Telles, Nara, Maysa, Elis, Alaide Costa, Boscoli, Donato, Chico Batera, Milton Banana, Edson Machado, Dick Farney, Sarah Vaughan, Getz, Sinatra e tantos outros. Um Deus próximo/distante, guardado no olimpo de um apartamento, no céu/inferno da fama, na clausura de uma coxia. Deus que se desnuda, enfim, vez ou outra, num palco despido de tudo - só com um banquinho e um violão - um Deus que canta. O resto, é folclore!
Fred Maia
Nenhum comentário:
Postar um comentário