O CONSELHO NACIONAL DE POLITICA CULTURAL- CNPC, reunido em Sessão Ordinária, nos dias 07 e 08 de junho de 2011, Recomendou que se faça o retorno do meteorito Bendegó, que hoje se encontra no Museu Nacional do Rio de Janeiro, para o sertão de Canudos, no estado da Bahia e que, para isso, os governos federal e estadual criem as condições necessárias para sua preservação, difusão e promoção cultural.
O Secretário-Geral do Conselho Nacional de Política Cultural JOÃO ROBERTO COSTA DO NASCIMENTO considerou que momento contemporâneo internacional em relação a tesouros patrimoniais se movimenta no sentido de fazer retornar às comunidades de origem bens patrimoniais 'expatriados', priorizando as regiões e comunidades afastadas dos grandes centros urbanos, para a construção de projetos culturais efetivamente significativos cujo objetivo não é outro senão o de promover a melhoria da qualidade de vida dessas comunidades.
Segundo CNPC a volta do Bendegó trará mais visibilidade, reconhecimento e valorização para uma das regiões mais singulares em termos de tradições culturais do Brasil, significando uma iniciativa inovadora em termos nacionais.
História Bendegó
O Meteorito de Bendegó, o maior e o mais famoso dos meteoritos encontrados no Brasil, encontra-se, atualmente, em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro. O referido meteorito foi encontrado em 1874 por Joaquim Bernardino da Mota Botelho, no interior do Estado da Bahia hoje terras do município de Uauá. O ponto de queda está localizado a 37 quilômetros da cidade de Uauá e a 180 metros do riacho Bendegó, que daria nome ao meteorito. Tanto o riacho quanto o rio que ele deságua, o Vaza Barris, ficariam conhecidos no futuro. Menos pela queda do meteorito e mais pelos acontecimentos envolvendo Canudos, na resistência montada por Antônio Conselheiro e narrada por Euclides da Cunha no clássico "Os Sertões".
O Meteorito Bendegó possui forma irregular, com os seguintes valores aproximados: 2,15 metros de comprimento, 1,5 metros de largura e 58 centímetros de altura. Sua massa foi calculada em 5360 kg, constituída basicamente de ferro (92,70%) e níquel (6,52%), contendo ainda traços menores de outros elementos químicos. Essa composição permite classificá-lo no grupo dos "sideritos", i.e., meteoritos com aproximadamente 90% de ferro e níquel. Na língua dos índios quiriris da Bahia, o vocábulo "bendegó" significa vindo do céu.
Inúmeras contribuições científicas sobre meteoritos foram publicadas em livros e revistas especializadas. Em particular, selecionamos algumas destas que abordam, além das características gerais sobre os meteoritos, aspectos técnicos e históricos sobre o Meteorito de Bendegó.
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