Companheiros (as); as noticias que nos chegam a cada dia não deixam dúvida sobre o grande momento vivido pela nossa Empresa: recordes de produção, mais reservas de petróleo, domínio de novas tecnologias e reconhecimento internacional. Mas nem sempre foi assim. No passado, quando a Petrobras ainda engatinhava, não foram poucos os que duvidavam da nossa capacidade de produzir o suficiente para atender as necessidades do país, mover a economia e a indústria nacional. Diziam que o Brasil não tinha petróleo e que a nossa Empresa não tinha técnicos capazes de gerar conhecimento e, desenvolver no Brasil uma moderna indústria petroquímica. Agora sabemos, tudo mentira. Essas idéias, muito difundidas nos jornais e TVs da época, na verdade escondiam o interesse dos países desenvolvidos no sentido de acabar com o monopólio de exploração de nossos recursos petrolíferos que a Petrobras detinha. Não foi um caminho fácil de ser percorrido. Foi preciso vencer o governo militar, que durante décadas fez da Petrobras um modelo de seus conceitos atrasados, para superar a política oficial de redução de investimentos em produção e tecnologia. Foi preciso resistir às demissões e afastamento forçado de engenheiros e técnicos que pensavam diferente, vislumbrando para a nossa Empresa um futuro que hoje se tornou realidade: Petrobras como âncora do desenvolvimento econômico nacional e prestígio para o nosso país. As contribuições individuais dos trabalhadores da Empresa e seus sindicatos, antes rejeitadas, hoje são bem vindas, sendo a eleição de um representante dos empregados para o mais alto órgão de direção da Petrobras símbolo desse momento histórico.
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Carlos Augusto Marighella é
Técnico
de Operaçãor / FAFEN-BA
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