quarta-feira, 9 de maio de 2012

Bahia - Para sair da miséria ! Por André Ferraro

A Bahia para sair da miséria precisa de investimento. O setor privado não investe, ou investe muito pouco, pois as condições ofertadas por outros estados se mostram mais atrativas, e o estado baiano está obsoleto em logística, abastecimento, educação e infraestrutura, com a cultura estraçalhada, coisas que dependem de investimentos públicos. O Governo do Estado não investe, ou investe muito pouco, pois o orçamento está comprometido com o custeio da máquina retalhada pelos partidos aliados, que precisam manter-se no poder, e para isso usam e abusam do dinheiro público. O Governo Federal não investe, ou investe muito pouco, sob a justificativa que o estado é o maior beneficiário das politicas sociais, que custam muito ao tesouro federal, o que é plena e integralmente absorvido pela politica local prioritariamente ocupada com as eleições, sob o silencio sorridente das autoridades baianas, de "bolsos dados" com os empresários escolhidos. Esse é o enrosco econômico e politico da Bahia atual. Porém dói ouvir uma defesa desse argumento federal, torturando os números e a lógica, feita pelo Professor José Sérgio Gabrielli, Secretário de Planejamento, e favorito candidato a Governador em 2014, sobre quem eu mesmo depositava esperanças, pela capacidade e conhecimento, de uma guinada de gestão do PT, em contraponto a marca de permissividade e letargia de Wagner, que nem mais democrática e republicana consegue se manter. E seguimos miseráveis sem perspectivas, rendidos aos piores argumentos e controles federais e partidários, sob a lógica eleitoreira, sem esperanças de que possamos fazer nosso dever de casa, controlando gastos no orçamento estadual, e aumentando investimentos e realizações. Seguimos flagelados sem que possamos falar com o Governo Federal com dignidade e independência, cobrando o que é de nosso direito, obviamente sem a viuvez carlista retrograda, mas com régua e compasso pra discutir nossos interesses. Tá cada dia mais difícil acompanhar a politica baiana sem algum tipo de motivo pra se indignar, se enojar, e desistir. Afinal, quem torce com lucidez e critica para dar certo, indo além do interesse pessoal, do emprego, ou da propaganda idiotizante, quem torce para a Bahia dar certo, seja por amor ou compromisso, diante disso tudo, acaba ficando chato e repetitivo. E o silêncio inevitável se acompanha de dor e lágrimas de despedida.

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