segunda-feira, 16 de julho de 2012

Arte, tecnologia e aprendizagem são discutidos no IV Encontro Fomativo FACMIL


Encontro faz parte da programação do Projeto de Formação em Audiovisual Contemporâneo e Mídias Locativas (FACMIL) e teve a participação da artista gráfica Suzete Venturellli e do educador Nelson Pretto

Apesar da chuva forte que caiu na última quarta-feira (10/07) em Salvador, o público compareceu ao Cinema do MAM para prestigiar o IV Encontro Formativo do Projeto de Formação em Audiovisual Contemporâneo e Mídias Locativas (FACMIL), que contou com a participação da artista gráfica e professora Suzete Venturelli e do educador Nelson Pretto e teve mediação do músico e mestre em Ciência da Computação, Jarbas Jacome.
Venturelli expôs o trabalho desenvolvido por ela e sua equipe transdisciplinar no Laboratório de Pesquisa em Arte Computacional (MidiaLab), da Universidade de Brasília (UNB), aliando arte, tecnologia e interatividade. A professora destacou que o aprendizado da técnica utilizada na poética é de grande importância nas suas produções artísticas. “Eu tive que aprender a programar e depois disso um mundo gigante se abriu para mim”, conta.

Utilizando a arte como elemento transformador, Suzete Venturelli ressaltou a importância dos trabalhos colaborativos. “A ideia é tirar as pesquisas só do meio artístico e levá-las para a rua. É trazer a participação destas através da interatividade, construindo uma rede de cultura. Um exemplo disso é o trabalho que desenvolvemos juntamente com um grupo de músicos, que transformou a plataforma Wii em instrumentos musicais e distribuiu ao público, fazendo um carnaval nas ruas de Brasília”, contou.


O professor Nelson Pretto também abordou a inclusão, através da reflexão sobre o direito autoral e o papel da reprodução como possibilidade de compartilhar e ampliar o conhecimento, já que na contemporaneidade essa possibilidade é infinita, principalmente se ampliada a inclusão digital.


Pretto faz duras críticas ao atual modelo educacional, pautado somente no enquadramento e no conhecimento formal. “Não se fala em abandonar o conhecimento instituído, mas em aproximar a educação ao espaço de criação, tecnologia e conhecimento de vida. Temos que parar de pensar de forma fragmentada”, explicou o professor, destacando a importância de estabelecer uma cultura de participação.

Ao final do debate, a coordenadora do projeto, Márcia Cardim, e a curadora pedagógica, Karla Brunet, agradeceram a presença do público e dos palestrantes e convidaram a todos para a exposição das produções artísticas desenvolvidas pelos alunos dos cursos - durante o FACMIL,  que começa no dia 31 de agosto, no Museu de Arte Moderna da Bahia.
O projeto, uma realização da Cardim Projetos e co-produção do MAM-BA, tem patrocínio da OI, através do Programa Fazcultura do Governo do Estado da Bahia, e apoio cultural da OI Futuro.

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