terça-feira, 3 de julho de 2012

"Negros tem pressa de fazer parte da cidadania brasileira!"- Afirma dep. Luiz Alberto

Declaração de Luiz Alberto sobre audiência pública da SEPPIR
Eu confio no trabalho da equipe técnica da Seppir, que tem se debruçado sobre o Estatuto da Igualdade Racial do qual também tive ativa participação.O Poder Legislativo é o mais conservador, um impeditivo de mudanças.Acredito ser de fundamental importância vincular os incentivos fiscais do Governo à questão Racial, sobretudo das Cotas. Uma vez que os bancos e a iniciativa privada recebem os incentivos, isso pode ser revertido em benefício para a inclusão da população negra, por meio das ações afirmativas.Numa momento de crise econômica, a pessoa negra é a primeira a perder o emprego e a última a recuperá-lo depois que a crise é debelada.

A Ceert desenvolveu um estudo para a Febraban, porém nós deputados não tivemos acesso e é importante conhecermos o documento para apresentar sugestões.
Sugeriu que o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (PROMINP), além do Ciências sem Fronteiras, contemplem as cotas para negras e negros.
A Febraban precisa investir na capacitação das pessoas que atuam na área de segurança das agências bancárias, a fim de reduzir os problemas de constrangimento por que passam as pessoas negras ao ficarem retidas na porta giratória de acesso ou serem consideradas suspeitas.
É necessária uma política de ações afirmativas em todas as universidades federais. Um excelente exemplo é a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, com mais de 80% de estudantes que se autodeclaram negros, numa região onde 90% da população é negra. Nas demais universidades brasileiras, cerca de 10% dos estudantes se autodeclaram negros.
Entretanto, o MEC dá um tratamento “a pão e água”, inviabilizando a expansão da universidade, seus projetos de capacitação.
Destacou um projeto de lei na Bahia do estado da Bahia para cotas e que em 3 universidades onde há cota para quilombolas, eles afirmam ser perseguidos pelos professores. Disse que as cotas também devem ser para inclusão de professores negros e os demais precisam ser capacitados para lidar com quilombolas, indígenas, etc.
Concluiu dizendo que os negros tem pressa de fazer parte da cidadania brasileira.

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