quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ex-ministro, Gilberto Gil comenta mudança na pasta da Cultura

Depois de participar de uma discussão sobre expressões artísticas e culturais na América Latina, parte das comemorações dos 50 anos da Fundação Ford, nesta segunda-feira, no Centro Cultural Banco do Brasil, o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil comentou a mudança na pasta. Respondendo a perguntas de jornalistas, ele disse que a substituição da também ex-ministra Ana de Hollanda pela senadora Marta Suplicy "é um processo natural do campo da política":

— Não tenho conhecimento de nada que me autorize a falar sobre a gestão de Ana de Hollanda, não sei como foi a experiência dela. Isso vocês têm que perguntar para ela. E ela vai dizer que muita coisa ela conseguiu fazer porque ajudaram; muita coisa ela não conseguiu fazer porque não a ajudaram — disse ele.

Mais cedo, durante a participação na mesa juntamente com o ator mexicano Gael Garcia Bernal e a ex-ministra da Cultura do Peru Susana Baca, moderada pelo ativista de direitos humanos Ariel Dorfman, Gil respondeu à pergunta de Dorfman sobre o que o levou a aceitar o cargo de ministro da Cultura, dizendo que "alguém tem que assumir este papel".

— Alguém tem que dizer: vamos tentar fazer com que nesse mundo haja relação entre governo e sociedade. Alguém tem que achar que isso é possível. E a pessoa vai ou para ser sacrificada ou para deixar uma esperança, uma interrogação — afirmou.

Os repórteres replicaram perguntando se Ana de Hollanda teria sido sacrificada ou deixado a esperança. Mas Gilberto Gil disse que só uma pessoa poderia responder a essa questão: a própria ex-ministra. E quanto ao perfil da senadora, atual ministra da Cultura, será que se encaixa com o cargo?

— Eu tinha perfil para ser o ministro da Cultura? Muitos diziam que não. Ana tinha o perfil para ser ministra da Cultura? Muitos diziam que não. Essa não é a discussão — finalizou.

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