sexta-feira, 14 de setembro de 2012

OIT pede urgência em combate ao desemprego juvenil

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) lançou hoje (12) um apelo em favor de investimentos urgentes em oportunidades para os jovens de forma a enfrentar o desemprego. Em um discurso pronunciado na Conferência Global de Oportunidades Econômicas para a Juventude em Washington, o Diretor Executivo do setor de Emprego da OIT, José Manuel Salazar-Xirinachs, destacou a necessidade de uma forte ação coletiva depois que os últimos dados sobre desemprego mostraram que, em nível mundial, 12,6% ou cerca de 75 milhões de jovens estão desempregados.

Numa visão panorâmica do desemprego juvenil, também se configura que os jovens têm três vezes mais probabilidades que os adultos de estar desempregados; que mais de 200 milhões de trabalhadores jovens ganham menos de 2 dólares por dia; e que pelo menos 10% dos jovens não trabalham, não estudam e nem recebem formação.

Salazar-Xirinachs disse aos delegados que estes dados não devem ser tomados como “a profecia de uma catástrofe inevitável”. “Pelo contrário, minha mensagem é que se é certo que a recuperação foi fraca e que ainda existem nuvens no horizonte, devemos investir urgentemente em oportunidades para os jovens, porque também sabemos que as políticas e as intervenções são importantes e podem fazer uma grande diferença”.

Da população mundial, um total 1,2 bilhão de pessoas têm entre 15 e 24 anos, 90% das quais vivem nos países em desenvolvimento, 55% na Ásia. Na África, a idade média da população é de 19 anos. “Essa realidade demográfica significa que, nas próximas décadas, o problema do desemprego e do subemprego na maioria dos países africanos será realmente um problema de desemprego juvenil”, acrescentou.

Salazar-Xirinachs destacou cinco áreas fundamentais para a ação, que são parte do Apelo à Ação da OIT acordado por governos, empregadores e trabalhadores na Conferência Internacional do Trabalho deste ano: educação e formação; iniciativa empresarial dos jovens; direitos trabalhistas para os jovens; e políticas macroeconômicas em favor do emprego juvenil.

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