quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lucia de Oxum: Encontro de duas luas no céu por Nadja Argôlo

Dia 29/10 quando cheguei ao Hospital Aliança, às 20h30 para pernoitar com minha comadre Lucinha na Semi UTI, admirei o brilho da lua cheia e meu coração ficou apertado. Pensei: como curtimos juntas, tantas vezes e em tantos lugares lindos dessa nossa Bahia, esse céu estrelado iluminado por este satélite que sempre nos encantou. Cheguei ao AP 9 com o coração apertado. A noite foi sofrida, triste, mas Deus a acolheu às 10h33, dessa terça-feira, dia 30 de outubro. 
A jornalista Lucia Cerqueira (58) foi assessora especial da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Salvador até março deste ano, na gestão do ex-secretário Diogo Tavares. Graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pós-graduada em Comunicação para o Mercado, pela Unifacs, começou sua carreira como repórter no Jornal da Bahia em 1975.

Em 1983, foi convidada pelo jornalista Fernando Vita para trabalhar na Assessoria de Comunicação Social da Telebahia e ainda atuou por dois anos na Telebrasília, no Distrito Federal. De volta Salvador, assumiu a coordenação da Ascom da Telebahia, tendo conquistado na sua administração vários prêmios da Associação Brasileira de Jornalismo Empresarial (Aberje) para a empresa considerada “modelo” dentre todas do Sistema Telebrás.
Lucia foi companheira por anos do jornalista Rêmulo Pastore, Reminho, também carnavalesco por vocação e direito, e com ele teve Rafael Pastore (25), engenheiro de produção. Depois com o compadre Eduardo Pontes teve Maria Eduarda (12), uma pequena Oxum, como a mãe, pois ambas são bonitas, vaidosas e gostam da cor amarelo ouro, das águas doces, do dia de sábado e fazem muitos amigos. Ora Iê Iê Ô!
Lucinha de Oxum foi sempre exemplo de força, fé, determinação e luta. Mulher esplêndida, radiante, maravilhosa, segundo o publicitário Marcelo Simões, que exaltava sua paixão de amigo querido. Exemplo de filha, irmã, companheira e comadre. Mãe dedicada, porém firme quando precisava ser. Colega de trabalho no JBa e Telebahia, que sabia dizer com doçura: “Refaça o texto, pois você pode fazer melhor”. E também elogiar quando este estava bom, até fazer corar. Assim era Lucinha, Lua, minha comadre amada e em dose dupla: dinda de Tess, minha filha que a escolheu e de Duda, que me quis também como madrinha de alma e coração.
Já sinto saudades de você amiga, o sol deitou radioso, a lua voltou a brilhar no céu estrelado desse dia morno de Primavera, mas já não sinto o calor das suas mãos. Até um dia...

Nenhum comentário:

AS MAIS ACESSADAS

Da onde estão acessando a Maria Preta