Quando na cidade eclodem
Os mil olhos de luz néon
Também em risos explodem
Rubras bocas de batom
São moças quase irreais
Nas roupas de pouco pano
Criando enredos fatais
Quando na vila é madrugada
As ruas de terra acolhem
Mulheres de caras pintadas
Que interessados escolhem
Nas roupas de pouca graça
O que conta é o conteúdo
Peito que o decote arregaça
na saia curta o traseiro graudo
Fingindo amar o desconhecido
Fazem da vida uma loteria
Num tempo marcado e corrido
Que encerram ao nascer do dia
Na cidade as gatas de bocas borradas
Dormem à espera da luz do neon.
Na vila, as mariposas cansadas
Sonham ouvindo um som...
Marisa Schmidt
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