quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre o Vale-Cultura: Prefeitura pretende incentivar produtores; Estado nega responsabilidade

por Carol Prado

Criado em dezembro de 2012 e regulamentado só nesta terça-feira (27), o Vale-Cultura, projeto do governo federal para facilitar o consumo de produtos e serviços artísticos pelos trabalhadores brasileiros, já ocupa espaço nos planos estratégicos da Secretaria de Desenvolvimento, Cultura e Turismo de Salvador. Pelo menos é o que afirma o líder da pasta, Guilherme Bellintani, que, em entrevista ao Bahia Notícias, informou já desenhar metas para a adoção do sistema na cidade. Segundo ele, com as regras estabelecidas pela gestão Dilma Rousseff, a prefeitura irá iniciar um trabalho de incentivo aos produtores culturais baianos, para que passem a aceitar o cartão como forma de pagamento em casas de shows, galerias, teatros e cinemas. “O benefício contempla serviços privados, por isso o trabalho do município vai ser de difusão do projeto entre os empresários e a população”, explicou. Segundo decreto presidencial publicado no Diário Oficial da União, terão direito ao benefício mensal de R$ 50 os trabalhadores com vínculo empregatício formal que recebem até cinco salários mínimos (R$ 3.390). “O maior desafio vai ser fazer com que o Vale-Cultura não seja utilizado para fins indevidos em Salvador, o que com certeza prejudicaria a produção artística na capital”, opinou. Enquanto isso, para o resto do estado, parece ainda não haver estratégias definidas. Em contato com o BN, a assessoria de imprensa da Secretaria de Cultura da Bahia esquivou-se da responsabilidade, ao alegar que não tem ligação direta com a concretização da medida. “Sabemos a importância do programa, vamos ter um trabalho de divulgação paralela, mas, no momento, o que podemos dizer é que o Vale-Cultura é totalmente federal”, declarou.


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