O diretor brasileiro Walter Salles estará à frente da Fábrica dos Cinemas do Mundo, programação do Festival de Cannes que ajuda jovens cineastas a concretizar projetos em andamento, e que neste ano conta com filmes de Brasil, Cuba e Venezuela.
“Meu desejo é compartilhar, mas também fazer jovens diretores de culturas diferentes trocarem ideias em torno de seus projetos de primeiros filmes", declarou Salles, diretor, entre outros filmes, de Central do Brasil, ganhador do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 1998.
O pavilhão dos Cinemas do Mundo é um espaço do Festival de Cannes especialmente dedicado ao cinema da África, Ásia, América Latina, Oriente Médio, Europa Central e Oriental. É uma plataforma de trabalho e encontros onde artistas, profissionais e instituições do mundo do cinema se reúnem. A Fábrica é um programa profissional destinado a jovens talentos que estão realizando um primeiro ou segundo longa-metragem, para ajudá-los através de um acompanhamento personalizado de seus projetos.
Para a 67ª edição do Festival de Cannes, de 14 a 25 de maio, a "Fábrica dos Cinemas do Mundo" selecionou 10 projetos, incluindo "Todos os Mortos", dos brasileiros Caetano Gotardo e Marco Dutra. O filme, produzido pela Dezenove Som e Imagens trata de um grupo de mulheres de uma família rica incapaz de se adaptar às mudanças do mundo ao seu redor.
De Cuba, o Cinemas do Mundo selecionou o projeto "Agosto", de Armando Capó, sobre o verão de 1994 na ilha caribenha, e, da Venezuela, "La Familia", de Gustavo Cordova, sobre um padre que tenta proteger um filho que cometeu um homicídio acidental. Os dois países participam pela primeira vez desta seção, que também inclui projetos de África do Sul, Argélia, Bangladesh e Síria.
"Nada é mais desejável aos meus olhos que a possibilidade de seguir recebendo notícias do mundo através de olhares originais e diferentes" dos jovens cineastas, comentou Salles. Além de aceitar a direção do Cinemas do Mundo, Salles realizará no dia 16 de maio uma "master class" para os diretores e produtores selecionados. (Com informações da AFP)
Fonte: Estadão
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