Pelo quarto ano seguido, mulheres vão às ruas de São Paulo protestar contra a violência à mulher. A Marcha das Vadias reúne, na tarde deste sábado, cerca de mil pessoas na Avenida Paulista.
O grupo se concentrou no vão do Masp com faixas e cartazes com mensagens pedindo uma sociedade livre de machismo e por leis mais duras contra homofobia. Frases como "Meu corpo, minhas regras. Machistas não passarão" e gritos de guerras contras situações machista do dia a dia.
- A violência contra a mulher vai além da agressão física. Está no dia a dia da sociedade. Na busca por emprego, nas ruas, dentro de casa. Já passou da hora da sociedade mudar - cobrou a ativista Milena Aguiar.
Apesar do frio e da chuva, algumas mulheres fizeram topless, uma marca da marcha. A manifestação seguiu da Avenida Paulista até a Praça da República, pela Rua Augusta. Segundo a polícia, não há informações de ocorrências.
Um dos objetivos este ano é também conscientizar a população sobre os crimes sexuais domésticos. Dados distribuídos pela organização do evento relatam que sete em cada dez mulheres estupradas sofreram violência por alguém conhecido como familiares e amigos próximos.
- O problema está na maioria das vezes em casa. É uma marca negativa dessa sociedade machista e patriarcal - condena Maria (codinome usada por uma das organizadoras do evento.
A organização afirmou que o grupo não vai se juntar aos manifestantes do 8 ato contra a Copa do Mundo, convocados por grupos ligados aos Black Blocs às 17h, na Praça da Sé, no Centro antigo da capital Paulista.
Fonte: O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário