sexta-feira, 6 de junho de 2014

Fotógrafo passa seis anos documentando a vida de profissionais do sexo aposentadas na Cidade do México

Um abrigo criado em 2006 já ajudou cerca de 250 mulheres.

O fotografo francês Bénédicte Desrus passou seis anos documentando a Casa Xochiquetzal — um abrigo para profissionais do sexo idosas na Cidade do México.
O lar oferece às mulheres comida, serviços de saúde e cursos que as ajudam a redescobrir sua autoconfiança e a lidar com os aspectos dramáticos de suas vidas.

A Casa Xochiquetzal foi aberta em 2006 por Carmen Muñoz, uma profissional do sexo aposentada.

Cerca de 26 ex-prostitutas, com idades entre 55 e 86 anos, vivem no abrigo, totalizando mais de 250 mulheres que já receberam ajuda desde sua abertura.

De acordo com a Slate, Muñoz passou 20 anos tentando convencer o governo e as ONGs a abrirem o abrigo até a prefeitura da Cidade do México finalmente fornecer o local e os recursos.
Retrato de Jimena, uma residente da Casa Xochiquetzal, no abrigo.

Depois de conquistar a confiança das mulheres, Destus se juntou à jornalista Celia Gómez Ramos e ambos criaram um livro intitulado “Las Amorosas Más Bravas” (As Amantes Mais Bravas).
Segundo a dupla, eles queriam mostrar as histórias de sobrevivência das mulheres.

Uma das residentes, Amália, 66, sofre de esquizofrenia há 22 anos.
Para ganhar algum dinheiro, ela coleta garrafas plásticas e ajuda a vender roupas numa barraca de feira do seu namorado de 31 anos.

Laeticia, originalmente de Chihuahua, deixou seu marido quando ele levou outra mulher para a casa deles.
Ela abandonou tudo, inclusive seus filhos, e conta-se que tentou cometer suicídio por duas vezes.
Na Casa Xochiquetzal, ela pratica ioga diariamente e também permanece ativa tricotando, bordando e lendo a Bíblia.

Quando esta fotografia foi batida, Paola era uma das mulheres mais jovens do abrigo e ainda trabalhava nas ruas.
Em 1º de janeiro de 2011, ela desapareceu da casa e nunca mais voltou.

Sonia tinha 14 anos quando foi ferida por um tiro na cabeça após ter sido estuprada.
Seu braço e perna esquerdos ficaram paralisados.
Apesar de seus ferimentos, ela é descrita como “confiante, loquaz e elegante”.

Apesar de lembrar com carinho de sua infância, Norma foi abusada por um amigo do seu irmão quando tinha nove anos de idade, além de ter sido violentada por um padre da sua região.
Mais tarde, ela arranjou trabalho como garçonete em várias zonas de meretrício. Ela conta que sempre gostou de observar as dançarinas de perto, “mas não tão de perto a ponto de se queimar”.

Canela tem 72 anos e sofre de diversos problemas de saúde, inclusive síndrome de Down.
Dentre todas as mulheres na Casa Xochiquetzal, Canela é a única que não teve filhos.

Bénédicte Desrus / Via benedictedesrus.photoshelter.com


Fonte: www.buzzfeed.com

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